Confinamento imposto pelo governo para autocarros da Rede de Expressos

Apesar disso, a S&P afirma que estas previsões podem ser revistas caso ocorra mais algum surto de coronavírus ou se o mercado de trabalho não responder de forma positiva às medidas implementadas pelos governos europeus.

Por Érica Alves e Sofia Simão

Até ao momento, e de acordo com vários lesados com esta anulação, a empresa não emitiu qualquer comunicado ou aviso prévio aos seus clientes, remetendo para o pequeno anúncio que tem no seu site na internet.

Contactada a empresa, a pessoa com quem falámos, sem querer gravar declarações ou mesmo ser identificada, explicou ao #dacomunicação que o aviso foi dado “quando foi possível colocar” o anúncio no site.  “Gostaríamos de ter colocado mais cedo, mas foi quando deu”, explicou a mesma fonte.

Em virtude da comunicação tardia da Rede de Expressos, alguns alunos do ensino superior que já tinham comprado bilhete sentem-se lesados pela empresa.

Patrick Nascimento, cliente habitual, refere que não será só ele o prejudicado, mas também os colegas. “Vamos ser, obviamente, prejudicados. Sinto-me também revoltado, porque não houve um pré-aviso feito, para que esta medida acontecesse”, refere.

Há casos em que os estudantes se foram avisando uns aos outros, visto que os anúncios ainda não estavam publicados no site, nem mesmo na aplicação da companhia, que é usada pelos clientes para tirar bilhetes.

Isabel Coelho, outra cliente da Rede de Expressos, em virtude desta situação, sente-se “revoltada”, porque também já tinha comprado o bilhete e soube, entretanto, que ficou inválido. “Soube através de uma colega que falou comigo e disse que os bilhetes que estavam disponíveis até ontem, passaram a estar indisponíveis, até mesmo os horários de sexta até segunda”, explica.

Os dois estudantes com quem o #dacomunicação falou vão ser obrigados a faltar às aulas presenciais de sexta e de segunda-feira, mesmo não tendo qualquer justificação por parte da empresa.

“Não sei se caberá tanto à Rede de Expressos. Mas, não me choca assim tanto que, para quem precisa, sejam emitidas algumas declarações a dizer simplesmente que tivemos de cancelar os serviços”, refere a mesma fonte da Rede Expressos

A solução de Patrick Nascimento é “ficar em casa”. O aluno já contactou os professores que “se mostraram um bocadinho consciencializados”. A falta às aulas presenciais irá ter e ainda não se sabe quem a justificará.

A companhia, estando a seguir regras impostas pelo governo, anuncia que o dinheiro dos bilhetes já tirados “será reembolsado, sem custos”, assegurando que “não é uma falha do cliente, nem uma falha nossa”, explica a mesma fonte da empresa, que não quis ser identificada.

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