“Mostrar às pessoas o que a Europa faz por nós”
As eleições europeias realizam-se em maio de 2019, entre dia 23 e dia 26. O Centro de Informação Europe Direct Aveiro, a Antena de Informação Europeia em Viseu e o Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal organizaram um Workshop para Jornalistas sobre as Eleições Europeias em Viseu.
O workshop, realizado nos Auditórios dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), tratou de vários temas relacionados com a União Europeia e o Parlamento Europeu. O evento contou com vários oradores, direcionando o diálogo para temas como: a nossa presença na União Europeia, saber quem nos representa e as decisões que tomam.
Teresa Coutinho, assessora de imprensa do Parlamento Europeu, falou de vários desafios que o país irá ter de superar. O alto nível de abstenção é um facto que preocupa a assessora bem como a falta de interesse por parte dos jovens “os direitos são dados como adquiridos e os jovens têm de perceber que têm de participar”. Afirma que “nós não pedimos para votar, pedimos que mobilizem as pessoas”.
O segundo desafio mencionado por Teresa Coutinho foi o combate à abstenção, afirmando que nas campanhas não se ouvem ideias, mas sim críticas e “tudo o que acontece de mal é Bruxelas”.
“É fácil semear a desinformação” e combater as fake news foi o terceiro desafio mencionado pela mesma, que afirma ser um ponto a tratar nas próximas eleições “os jornalistas têm um papel crucial e quanto mais souberem mais transmitem às pessoas”.
Foi também mencionado o facto de o Reino Unido sair da União Europeia a 29 de março de 2019, e as consequências que irá trazer para o Parlamento.
Membro do Parlamento Europeu, Vera Ramalhete, mostrou alguns sites e plataformas que ajudam os jornalistas a obter a informação “a facilidade de divulgação é muito prático e benéfico”. Mencionou temas como o roaming, a redução do plástico e muitas outras alterações apresentando vídeos diretos e didáticos.
Por fim, João Almeida que faz parte da Comissão Nacional de Eleição, apresentou algumas alterações, explicando-as e mencionando mais uma vez a abstenção “mesmo que 10% votem, os 90%vão contribuir para o aumento da taxa de abstenção”.
Referiu que irá ser a primeira vez que o país aposta numa experiência com recurso à tecnologia no distrito de Évora “o país vai apostar nesta experiência, com votações com recurso à tecnologia, porém terá de ser presencial”.
O projeto tem andado pelo país e irá continuar por mais um ano.
Texto e imagens: Maria Inês Gonçalves