Como se aprende quando ninguém manda aprender? O “modelo pedagógico inovador” do TUMO
No terceiro e último dia do SIIE 2025 – Simpósio Internacional de Informática Educativa, organizado pela Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV), foi dado a conhecer o projeto TUMO, que surgiu em 2011 na Arménia. Neste momento, são mais de 32 mil estudantes inscritos em todo o mundo.
Por: Miguel Midões
Todo o programa é gratuito e extracurricular e ensina competências técnicas na área das Ciências, Matemática e Artes. Um “modelo pedagógico inovador”, que promove a iniciativa individual, a autoaprendizagem com workshops e laboratórios avançados.
Em Portugal são uma associação sem fins lucrativos, que “coloca o estudante em primeiro lugar”. Presentes em Coimbra (o primeiro em 2023), Lisboa e Porto (o mais recente, em 2025).
As oito áreas de desenvolvimento do TUMO Portugal são Animação, desenvolvimento de jogos, cinema, design gráfico, programação, robótica, música e fotografia.
“Apoiamos a autoaprendizagem com humanos”, refere Filipa dos Santos Cunha, co-diretora do TUMO, para lembrar a hipótese de, brevemente, cada aluno poder ter um tutor de inteligência artificial.
Os estudantes recebem 4 semanas de acompanhamento e direção, conhecem o learning coach (um mentor pedagógico), passa por uma fase de experimentos das oito áreas de desenvolvimento e, posteriormente, escolhe quatro. De seguida, faz atividades de autoaprendizagem e só depois vai para os workshops.
Cada aluno à sua velocidade. “Nós não certificamos nada. Os alunos saem com o portfólio de todos os projetos que fez”, refere.
