Professor da ESEV forma jornalistas em São Tomé e Príncipe
O Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor) está a desenvolver em São Tomé e Príncipe uma ação de formação em Jornalismo de televisão e rádio, em parceria com a Cooeperação Portuguesa na ilha de São Tomé.
O foco desta semana é a rádio e a reportagem radiofónica e o a formação está a ser conduzida por Miguel Midões, jornalista e professor de jornalismo na Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Viseu.
Na sessão de abertura deste módulo, que se direciona a jornalistas, produtores e técnicas de comunicação social, o diretor geral da Comunicação Social, em São Tomé e Príncipe, Adelino Lucas, afirmou que as entidades locais, nomeadamente os órgãos de comunicação social, estão “conscientes que a limitação é grande”, quer em recursos tecnológicos, quer em recursos práticos para a rotina produtiva diária. “Nunca é demais mais uma formação, os OCS precisam de rigor, de isenção”, diz.
O diretor, dirigindo-se aos jovens jornalistas ou estudantes da área, referiu que “é preciso agarrarem-se a esta profissão, porque a profissão de jornalista é tão grande como a profissão de professor”, para que, no futuro o jornalismo possa ser “o quarto poder e não o poder do quarto”. Considerou também que “a jovem geração de jornalistas santomenses não está à altura de substituir a velha geração” e que pode ter nestas formações proporcionadas pelo CENJOR uma oportunidade de ouro de formação”.
A formação é destinada a jornalistas que já possuem conhecimentos prévios de jornalismo, procurando aprofundar e aprimorar a sua capacidade de produzir conteúdos que privilegiam o áudio, com ênfase na narrativa, na descrição de ambientes e na edição de som com vista à prevalência da linguagem sonora. “É preciso contactar com as pessoas, ir para a rua, contar as histórias das pessoas. Também interessa a política, mas não pode ser só isso. Como é que uma história que se passa numa aldeia de São Tomé pode interessar a todo o país? É esse tipo de caminho estratégico que também vamos trabalhar”, explica o formador do CENJOR.
Cerca de 20 jornalistas santomenses estão a participar na iniciativa, a maior parte da RNSTP – Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe – local onde decorrem as formações, mas também da agência de notícias local, da televisão pública e da televisão privada, Zunta TV.