Perfil. Arnorld Schwarzenegger, um fisiculturista com punho de ferro para a política?

Arnold Schwarzenegger, um nome que qualquer pessoa sabe dizer que é o Arnold “Exterminador”, ou o Arnold “Fisiculturista” que ganhou por 7 vezes o galardão máximo do desporto, o Mr. Olympia. Mas poucos lembram da faceta política da estrela austro-americana, este é o Arnold “Republicano” que preferia “exterminar” Trump.

Por: Bernardo Sol

“Se a minha vida fosse um filme, ninguém iria acreditar”. É uma frase que Arnold Scharzenegger disse uma vez quando lhe pediram para descrever a vida dele. O ator, fisiculturista e político austro-americano, é uma personalidade conhecida nos 4 cantos do mundo, ou enquanto o T-800 ou como o fisiculturista que é uma das grandes figuras do desporto. Mas a política é outra área em que Scharwznegger teve uma prestação digna de 5 estrelas.

Política “Blockbuster”

De 2003 a 2011, a Califórnia viu o “Exterminador Implacável” a ocupar o cargo de governador do estado pelo próprio Schwarzenegger, mas na sua função, ele não foi a pessoa com personalidade forte que surge nos filmes.

A eleição de Schawarzenegger foi resultado de um recall, em que o governador eleito Gray Davis foi destituído após 55% dos eleitores da Califórnia votarem em “Sim” no recall, contra 45% em “Não”. Apesar de vários esforços de Gray Davis, a eleição aconteceu a 7 de Outubro de 2003, onde Schwarzenegger venceu com cerca de 48% dos votos ficando a 16 pontos porcentuais do seu candidato mais próximo Cruz Bustamante.

Apesar de ser republicano, acredita que representou igualmente bem os interesses dos democratas, pois sabia que “a população da Califórnia queria uma liderança mais forte.” Durante o seu governo apoiou várias causas ambientais, como a instalação de várias estruturas de energias renováveis.

Graças às suas políticas de causar uma mudança sem cair para uma ideologia, foi-lhe conferido o grau de doutor honoris causa pela escola privada Hertie School de Berlim, o vice-chanceller Alemão Robert Habeck ao entregar o galardão diz que Scharwzenegger “mais do que merecia o doutoramento honoris causa” e deixou elogios a “uma pessoa e um político extraordinário, um exemplo para toda a humanidade”.

Fisiculturismo e Futebol

Arnold Scharwzenegger, nascido europeu, tem o gosto pelo futebol, e tal como qualquer rapaz, teve a oportunidade de praticar o desporto até aos 14 anos, idade em que descobriu a paixão pelo fisiculturismo depois de uma ida ao ginásio incentivado pelo seu treinador. Apesar de ter deixado a carreira de futebolista para se dedicar à musculação, ainda é fã assumido do Sturm Graz, clube em que jogou durante a sua juventude, e ainda teve direito a ter o estádio com o nome dele. Contudo devido à polémica da condenação a injeção letal do fundador do gangue Crips, Tookie Williams foi mandado retirar pelo próprio, o nome no estádio. Apesar de não ter o nome no estádio, ainda vai por várias vezes ver os jogos da equipa para “ir meter medo aos adversários”.

No fisiculturismo, foi certo que a carreira foi mais sorridente do que o futebol, Scharwzenegger venceu o Mr. Olympia por 7 vezes, cimentando assim o estatuto como um dos maiores do desporto e certamente a inspirar grandes nomes que surgiram depois como Ronnie Coleman, Jay Cutler e Chris Bumstead.

Uma vida extremamente curiosa

A sua carreira de ator é sem dúvida a mais conhecida, em papéis como T-800 (Extermindador) na série de filmes “Exterminador Implacável”, Trench em “Os Mercenários”, Conan em “Conan o Bárbaro” e John Matrix em “Comando para matar”, mas de forma curiosa num dos seus piores filmes que foi “Batman e Robin” em que interpretou o “Senhor Frio”, o ator pediu à Warner para ficar com o traje do personagem após as gravações do filme, desde aí ele paga por ano, a quantia simbólica de 1 dólar à produtora.

Também revelou uma vez no “The Tonight Show” que dá os mesmos biscoitos que alimenta os animais, às netas, pode parecer estranho, mas o próprio disse que “os biscoitos são feitos de forma caseira com ingredientes como banana, aveia e mel”. O mesmo reparou num padrão em que “Os biscoitos foram feitos para os cavalos. Acabei por descobrir que os cães gostam, depois passou para os porcos.”. Um dia a filha Katherine levou os netos a casa de Arnold, e ele tinha os biscoitos e decidiu dar a provar aos pequenos, e por incrível que pareca gostaram, desde aí “os netos fazem fila para comer os biscoitos”, revelou.

Voltando à frase “Se a minha vida fosse um filme, ninguém iria acreditar”, se de facto fizessem um filme sobre a vida de Arnold Scharwzenegger, decerto todos iriam acreditar que efetivamente tudo aquilo aconteceu e a produção seria um “blockbuster” à semelhança dos vários filmes em que ele estrelou.

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