Eleições autárquicas: “prometer é fácil, cumprir é que custa”

No próximo dia 12 de outubro, os viseenses voltam às urnas para escolher o futuro da cidade de Viseu. O atual presidente da câmara municipal de Viseu, Fernando Ruas, do Partido Social Democrata, tenciona renovar o mandato, mas entre a população cresce o sentimento de insatisfação com promessas por cumprir. 

Por: Mariana Ferreira e Yasmin Mendes

A campanha autárquica está prestes a terminar e o ambiente político é marcado por um misto de expectativa e desconfiança. Muitos cidadãos reconhecem o trabalho feito, mas outros exigem mais investimento e dinamismo. 

António Fernandes, carpinteiro de 70 anos é um exemplo de um assíduo eleitor que nunca deixa de exercer o seu direito de voto. O entrevistado acompanha os debates e acredita que todos os candidatos “falam bem”, embora mantenha dúvidas sobre a realização das promessas. “Cada um promete aquilo que quer, não é? E depois logo se vê”, afirma António Fernandes. 

Já António Cabral, taxista mostra-se mais crítico em relação ao executivo de Fernando Ruas. “Este presidente devia sair rápido, há uma zona industrial em Vila Nova do Campo há 20 anos para fazer, e ele não faz nada. Só promessas”, explica o motorista, que não escondeu o seu descontentamento. Apesar da desilusão ainda acredita que a mudança pode chegar. 

O taxista recorda exemplos concretos de promessas não cumpridas, uma delas é a instalação de toldes, mais conhecido como “chapéus”, junto à praça dos táxis na Avenida Dr. António José de Almeida, prometidos pelo autarca há mais de dois anos.

“O próximo presidente, aquele que eu penso que será, é mais dinâmico. Se cumprir o que promete, vem muita gente e isto dá desenvolvimento à cidade toda.”, afirmou António Cabral. 

José Ferreira de 63 anos, partilha o igual descontentamento. Na sua opinião Viseu precisa urgentemente de novas ideias e projetos que criem emprego e novos empreendimentos “quem cá está não fez nada para isso “, conclui. 

Viseu mostra-se dividido entre confiança na continuidade ou exigência na mudança, os eleitores queixam-se sobre promessas não cumpridas, obras paradas e projetos adiados. No próximo domingo, cada cidadão terá a oportunidade de decidir se quer dar continuidade ao mandato do atual presidente ou apostar numa mudança.  

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