“Pagar por pagar, mais vale estar quieto e fechar a porta”

O Governo prepara aumento do salário mínimo para 870 euros em 2025. O #dacomunicação foi saber qual a opinião dos habitantes de Viseu sobre este aumento.

Por Carolina Marques, Marta Mourato e Matilde Faria

Rui Almeida é funcionário de escritório numa empresa viseense e declara que este aumento é pouco significativo tendo em conta os restantes problemas económicos do país. “O aumento que será decretado não vai ser nada, vai ser irrisório”.

A carga de impostos sobre as empresas e os preços dos combustíveis são alguns dos assuntos que o preocupam. “Para uma empresa, o aumento não corresponde ao suficiente para existir uma diferença significativa. É uma quantia reduzida tendo em conta os impostos e preço de vida.”

Para Nuno Neto, desempregado, o aumento de 50 euros tem relevância, mas “muito pouca”. “50 euros não é muito, mas já é qualquer coisa e não beneficia nada as microempresas.” Nuno Neto afirma ainda que uma microempresa teria de vender o triplo da quantidade para ter rentabilidade.

Para este entrevistado o problema está no sistema político português. Mesmo que existam novas iniciativas e novos pontos de vista, nada irá mudar. “Tu até podes ter vontade de mudar, mas os grandes é que decidem”.

O sócio-gerente de uma empresa de Viseu, Joaquim Almeida, salienta que este aumento trará alguns problemas para o seu negócio. “Serão mais uns milhares ao final do ano que terão que ser compensados com mais trabalho.” Para Joaquim Almeida, o Governo aumentando o salário teria de fazer um aumento diretamente proporcional aos custos que esta diferença detém. “Se for para pagar por pagar mais vale estar quieto o e fechar a porta.”

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