Subida de preços afeta comércio local em Viseu

Pela primeira vez em quatro meses a taxa de inflação subiu. Acelerando para 2,1% em setembro, mais 0,2% pontos percentuais do que em agosto, segundo uma estimativa efetuada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Por Carolina Ferreira e Mariana Ferreira

A inflação foi sentida por todo o país, Viseu não foi exceção e os comércios locais sentem essa subida de preços. A dificuldade das vendas tem sido um desafio para os comércios mais pequenos por vários fatores, pois para além da inflação, as vendas online por vezes mais baratas prejudicam o negócio. A vice-presidente da Associação Comercial de Viseu, Maria de Lurdes Correia afirma “dar murros na mesa, para no fim não se resolver nada” quando se trata da situação económica, pois os impostos subiram, o nível de vida também e as dificuldades dos jovens atualmente são cada vez mais notórias.

Para além da subida de preços, Catarina Costa comerciante de produtos regionais, afirma que a falta de atividades perto dos comércios locais “não ajuda os comerciantes da rua”. No entanto, a comerciante acredita que o tempo das grandes superfícies “já era” e que “no comércio local a oferta é mais tradicional”.

Um dos principais fatores da inflação, e por sua vez do poder de compra, são os baixos salários que não acompanham a subida de preços. Jorge Oliveira, antigo emigrante suíço, residente em Portugal há 2 meses, nota uma grande diferença entre os estilos de vida de cada país. Jorge Oliveira considera que “devia estar tudo bem comparado”, pois “para o ordenado português os bens essenciais são muito caros”.

O aumento da taxa de inflação está a afetar o comércio local em Viseu, prejudicando sobretudo os pequenos comerciantes. Além da pressão do aumento dos preços e pela concorrência das vendas online, a falta de iniciativas que promovam o comércio de rua agravam a situação. A insatisfação dos comerciantes e dos consumidores surge devido aos facto de os salários não acompanharem o nível de preços.

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