Avança execução da 1º fase da rede urbana de ciclovias em Viseu, o MUV BIKE
Executivo Municipal aprovou plano final de consignação da obra. São cerca de 6 quilómetros de ciclovias, em 30 artérias da cidade, num investimento que ronda os 550 mil euros
O sistema de Mobilidade Urbana de Viseu – MUV – dá mais um passo na sua implementação, desta vez, no âmbito da Mobilidade Suave. O Executivo Municipal aprovou hoje, 25 de junho, em reunião de Câmara, o plano final de consignação da obra relativa à execução da 1ª fase da rede urbana de ciclovias – o MUV BIKE – num investimento que ronda os 550 mil euros.
Nesta que será a primeira de três fases a implementar, a obra incide essencialmente no centro da cidade, permitindo a ligação entre eixos estratégicos, de utilização diária intensa, dos quais são exemplo as instituições de ensino secundário e superior, como a Escola Secundária Alves Martins, o Instituto Politécnico e a Universidade Católica; a Biblioteca Municipal; o Hospital de Viseu; a Central de Transportes (futuro Centro de Operações e Mobilidade de Viseu); o Centro Histórico; e outros espaços de natureza e lazer, nomeadamente a Mata do Fontelo, os Parques Aquilino Ribeiro e Urbano de Santiago ou a Ecopista do Dão.
Para já, este projeto concretiza-se na implementação de seis quilómetros de ciclovias, abrangendo cerca de 30 artérias, as quais serão adaptadas para uma circulação em bicicleta, segura e cómoda para todos os cidadãos. Serão três os tipos de vias: as comuns (partilhadas por automóveis e bicicletas), as partilhadas (entre peões e bicicletas) e as exclusivas a bicicletas. O prazo de execução da obra é de 210 dias.
“Esta é uma transformação marcante na política urbana de mobilidade, tornando Viseu uma cidade mais amiga da bicicleta”, sintetizou o presidente da Câmara Municipal, António Almeida Henriques. “Fica também definido um masterplan de desenvolvimento da mobilidade suave para o futuro de curto e médio prazo”.
No futuro, o Município de Viseu ambiciona colocar no terreno as restantes duas fases, que irão perfazer um total de 66 quilómetros de ciclovias, num mapa ciclável que se alarga ao perímetro da Circunvalação e, posteriormente, a algumas Freguesias, nomeadamente Abraveses, Campo, Repeses e São Salvador, Rio de Loba e Ranhados.
Ainda na área da Mobilidade Suave, e no âmbito do MUV BIKE, foi também aprovado o avanço da candidatura ao programa CENTRO 2020 para a implementação de um sistema de bicicletas públicas partilhadas – o Bike Sharing. A candidatura apresenta um orçamento elegível de cerca de 71 mil euros, com financiamento comunitário de 70% deste montante.
Nesta reunião pública de Câmara, houve ainda lugar à aprovação do um protocolo de cooperação interinstitucional, tendo em vista o desenvolvimento de um projeto de reanimação económica e cultural e de revitalização comercial turística de Viseu, no verão de 2020, designado de “CUBO MÁGICO”, no quadro do Programa de Estabilização Económica e Social lançado pelo Governo, e a realizar nos termos do quadro sanitário em vigor.
Integram este protocolo o Município de Viseu, a Entidade Regional do Turismo do Centro, a Associação de Hotelaria e Similares de Portugal (AHRESP), a Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV) e a VISEU MARCA. A iniciativa contará ainda com a cooperação no quadro da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões.
Com vista a mitigar os efeitos económicos negativos causados pelo impacto da pandemia em áreas e setores de atividade tão importantes como a hotelaria, a restauração, o comércio e serviços, o turismo ou a cultura, e dando seguimento à estratégia municipal traçada no plano VISEU INVESTE+, o projeto “CUBO MÁGICO” nasce com o objetivo de estimular o relançamento económico e reanimação destes setores.
Nesta reunião, o presidente da Câmara Municipal, António Almeida Henriques, deu ainda conhecimento da adjudicação, pela Sociedade de Reabilitação Urbana VISEU NOVO, da empreitada de reabilitação do edifício do antigo Orfeão de Viseu, na Rua Direita.
A obra, com um prazo de execução de 18 meses e um investimento superior a 1,2 milhões de euros, permitirá devolver à comunidade aquele que é um dos edifícios mais emblemáticos do Centro Histórico e um exemplar inigualável do nosso património histórico e arquitetónico.
A intervenção será estruturante, mas seguindo os princípios da reabilitação sustentável, com respeito pela identidade, memória e traça original do edifício, mantendo elementos distintivos como a cobertura, o conjunto de azulejos, as escadarias, os tetos, o lanternim e os salões.
“Esta é uma obra muito desejada num imóvel histórico de grande memória e afeto em Viseu”, considerou o presidente da Câmara. “Conciliámos o objetivo de o revitalizar com o desígnio de uma exemplar intervenção de reabilitação patrimonial”, afirmou António Almeida Henriques.
A empreitada contemplará o reforço estrutural do desvão e estrutura da cobertura, incluindo a substituição do seu revestimento, aplicação de todas as infraestruturas necessárias ao seu funcionamento, ampliação com um novo corpo (na sua parte posterior) e arranjo geral do logradouro.
O avançar desta obra permite dar seguimento à estratégia de revitalização do Centro Histórico, levada a cabo pelo Município de Viseu e a VISEU NOVO desde 2014, através da criação de novas âncoras no coração da cidade. Neste caso, o futuro do edifício passará pela recuperação das atividades culturais ali anteriormente desenvolvidas, permitindo que no “corpo” novo seja instalado um equipamento de apoio pedagógico.