Calçada romana de Mourilhe em destaque durante o mês de setembro
A campanha «Mangualde, o nosso património!» destaca, no mês de setembro, a Calçada Romana de Mourilhe. Promovida pela autarquia, esta campanha tem como objetivo aproximar a população do património mangualdense do mais belo que existe no concelho.
A Calçada de Mourilhe é uma das estruturas viárias bem conservadas da viação romana existente no território de Mangualde, a par do troço da Roda, do troço dos Barreiros, em Pinheiro de Baixo, e da calçada da Fonte do Vau, entre Santa Luzia e Santo Amaro de Azurara.
As vias romanas eram essencialmente em terra batida, muitas vezes no aproveitamento e na requalificação dos originários trilhos dos povos pré-existentes à chegada dos romanos. Os troços de calçada surgiam onde as condições de viação se afiguravam difíceis: zonas planas de fácil atolamento, traineis de forte pendor de inclinação e curvas do mesmo estilo. Os afloramentos graníticos ou rochosos naturais constituíam, também, um excelente piso de circulação. O troço da calçada romana de Mourilhe, com cerca de 50 metros de comprimento e 5,60 metros de largura média, fazia parte da via que, passando por Mangualde, seguia pelas povoações de Mesquitela, Mourilhe e Santiago de Cassurrães para depois transpor o rio Mondego para o território actual de Gouveia com o objectivo de, intrincando e ligando a outras vias, chegar a Emerita Augusta (Mérida), capital da província romana da Lusitânia.
Esta campanha visa aproximar a população do património do concelho de Mangualde. Nesse sentido, continua a ser colocada, em vários pontos de encontro do concelho, informação sobre o monumento/património apresentado.
Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos anos. A título de exemplo, em 2017, destacamos os Refrigerantes Condestável de Abrunhosa do Mato, os Bordados de Tibaldinho, a Casa dos Condes de Mangualde, a Fonte de Ricardina, vestígios arqueológicos ao tempo do Império Romano em Pinheiro de Tavares, a Capela de São Domingos de Ançada, a Carvalha, a Capela de Santo António em Mesquitela, a Fundação de Nossa Senhora da Saúde de Cunha Alta, os símbolos maçónicos e o Solar de Santa Eufémia. Em 2018, esteve já em destaque o Santuário de Santa Luzia, em Freixiosa; a Casa de Darei, na aldeia de Darei, freguesia de Mangualde e a Igreja Matriz de Várzea de Tavares.