Papel ou digital? Qual o futuro da leitura
Em 2024 as vendas de livros aumentaram 3% em relação ao ano anterior. Os portugueses leem cada vez mais, mas o aumento mais significativo foi entre os jovens. A grande questão permanece: e-book ou livros em papel?
Por: Laura Almeida
Em Portugal, nos últimos 12 meses, segundo o Google Trends, os portugueses tendem a fazer mais pesquisas sobre livros do que kobos (dispositivo para ler livros em formato digital). As regiões portuguesas com maior interesse na pesquisa de livros são o distrito de Bragança, com 91% de pesquisas sobre livros e apenas 9% sobre os kobos e o distrito da Guarda com 90% de pesquisas sobre livros e 10% sobre kobos.
Livros em papel dominam o mercado
Um estudo divulgado pela APEL, Associação Portuguesa de Editores e Livreiros refere que “os livros em papel dominam o mercado (97%) ainda que o digital tenha crescido ligeiramente face ao passado, atingindo os 10% de compra”.
Quanto às aquisições de livros, as lojas físicas ainda são o principal meio de compra de livros (86%), ainda assim, as compras online ultrapassam os 40%, indica a APEL. Esta realidade demonstra que, apesar da tecnologia estar muito presente na vida quotidiana, ainda não consegue ser a principal fonte de interesse para os leitores.
Segundo a APEL, a maior parte dos leitores (93%) preferem o formato em papel dos livros e apenas cerca de 20% preferem o suporte digital.
Plataformas de partilha de experiências literárias
Numa era em que a tecnologia domina o nosso dia a dia, também é preciso ser criativo, no que toca a aplicações úteis para os leitores. Com o aumento da procura e da compra de livros foram sendo criadas aplicações, como o Goodreadse o Fable, para que os leitores possam compartilhar as suas experiências literárias online.