Portugal duplica número de crimes por branqueamento de capitais

 Em 2023 foram registados 104 crimes por branqueamento de capitais, o maior registo desde 2021, quando este número era cerca de metade. A percentagem de crimes registada o ano passado foi quase 27% do total de processos desde 2015.

Por Raquel Pereira

Até 2022 tinham sido registados 282 crimes, dos quais 45,13% foram julgados.

A maior parte dos crimes registados são da zona litoral de Portugal, mais concentrados na capital, Lisboa, no norte do país na região do Porto e no sul do país em Faro.

Desde 2015 a duração média em meses dos julgamentos por ano tem vindo a aumentar: em 2015 demorava uma média de 11 meses a serem julgados e em 2022 demora um a média de 14 meses até ao julgamento.

Conclui-se que em 2022, houve um aumento de arguidos e condenados, face a 2015. 63% correspondem ao sexo masculino e os restantes 37% pertencem ao sexo feminino. O escalão etário em maior destaque está entre os 30 e 39 anos, com uma média de 38%.

A decisão final condenatória estima que 25% dos arguidos fica em prisão com pena suspensa, 22% dos arguidos é condenado a prisão efetiva e 14% é condenado a pagar uma coima.

Portugal tem-se destacado no combate ao branqueamento de capitais, não deixando passar impune estes crimes.

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