Perfil. Rui Rio, a cara da Invicta
Rui Fernando da Silva Rio conhecido por ter sido presidente do Partido Social Democrata, tem 65 anos e nasceu no Porto onde foi Presidente da Câmara Municipal de 2002 a 2013.
Por Tatiana Nunes
O deputado é conhecido pela sua postura autoritária e rigorosa, talvez se deva ao facto de ter estudado no Colégio Alemão do Porto na sua adolescência. Posteriormente, licenciou-se em Economia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, onde se começou a ligar ao associativismo através do seu cargo de presidente na Associação de Estudantes, a sua direção foi a primeira associação de uma Faculdade de Economia a não ser maioritariamente constituída por comunistas.
Desde cedo que se interessou pela política, foi logo após o 25 de abril de 1974 que se militou na Juventude Social Democrata (JSD) onde foi vice-presidente da Comissão Política Nacional da Juventude Social Democrata entre os anos 1982 e 1984, fazia simultaneamente parte da Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata (PSD) com Francisco Pinto Balsemão a presidente.
A sua presença no PSD foi sempre muito marcante e foi em 1996 que se tornou secretário-geral do partido, nessa altura presidido por Marcelo Rebelo de Sousa, durante um ano, posteriormente tornou-se Vice-Presidente do Grupo Parlamentar.
Rui Rio foi percorrendo um grande caminho até se tornar presidente do partido, inclusive foi vice-presidente durante os mandatos de Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite. Foi em 2017 que se candidatam para suceder Pedro Passos Coelho, defrontou Pedro Santana Lopes e ganhou com 54.37% dos votos tornando-se o 18º Presidente do Partido Social Democrata, passado 3 anos a história repete-se, mas desta vez o derrotado é Paulo Rangel.
Rui Rio estabelece o lema “Novos Horizontes para Portugal” e concorre como líder da oposição ao cargo de Primeiro-Ministro onde perde as eleições, após a derrota quem o sucede é Luís Montenegro como novo Presidente do Partido.
Perto da sua partida Rui Rio deu uma entrevista ao público onde referiu que “ser líder do PSD se tornou uma “vacina””. Quando foi questionado sobre a sua saída ter levantado críticas referiu que “”entre uma transição serena e civilizada e uma transição atabalhoada”, preferiu a primeira”.
“Na Câmara do Porto sabia com quatro anos de antecedência que ia embora, agora como presidente do PSD não sabia se sairia ao fim de um ano, dois ou dez…”, Rio afirma que apesar de nem tudo ter corrido bem se sente mais enriquecido, “Com a minha idade nenhuma experiência porque passasse agora me fazia uma pessoa diferente. Todas as experiências nos enriquecem, umas de uma forma mais forte, outras menos”.