Primeira edição da Revista Envelhecer apresentada em Viseu
O Projeto Envelhecer lançou uma revista em nome próprio, que foi apresentada este sábado, dia 23 de novembro, no Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu. Nas plataformas digitais, o projeto já alcançou visibilidade, sobretudo em países europeus, como Espanha e Inglaterra, e também em países da América Latina como Argentina, Brasil e México.
Por Fernanda Sant’Ana (texto e imagens)
Em entrevista ao #dacomunicação, José Carreira, responsável pelo projeto, falou sobre a iniciativa e sobre os objetivos do lançamento da publicação. “Nós queremos acreditar que pode ajudar não só as pessoas com 50 ou mais anos a terem conteúdo que lhes dizem respeito, mas também para que as pessoas mais jovens possam olhar para essas pessoas com olhar positivo, e não com olhar estereotipado”.
O Projeto Envelhecer visa formar e informar as pessoas, “para que possamos de algum modo contribuir para um envelhecimento mais ativo e mais saudável”, explica o responsável. “A lógica é trabalhar e ajudar a trabalhar com pessoas que tem 50 ou mais anos para que possam desenvolver uma nova longevidade e um novo estilo de vida”, afirma José Carreira.
“Em Portugal, de facto, a esperança de vida é uma das mais elevadas da união europeia, mas os últimos anos de vida das pessoas apresentam deficiências por existirem muitas dependências e pouca autonomia. O objetivo no fundo é dizer-nos que é possível não olhar para as pessoas mais velhas como potencialmente dependentes, mas olhar como pessoas criativas, empreendedoras, consumidoras e que independentemente das primaveras que já celebraram, continuam a ser pessoas de pleno direito, que gostam de moda, de gastronomia, cultura, viagens. A lógica é passar essa mensagem positiva sobre aquilo que é o processo de envelhecimento dos portugueses e da humanidade”.
José Carreira frisa a sua visão sobre a importância e impacto que a revista poderá agregar na vida das pessoas que fazem parte do projeto e na vida das pessoas que desejam ter um maior conhecimento sobre o tema.
“As pessoas gostam daquilo que leem, gostam dos conteúdos, e nós queremos acreditar que pode ajudar não só as pessoas com 50 ou mais anos a terem conteúdos que lhes dizem respeito, mas também para que pessoas mais jovens possam olhar para estas pessoas com olhar positivo e não com olhar estereotipado. É lógico que o nosso público alvo são as pessoas mais velhas, mas também gostaríamos que os mais jovens pudessem ler a nossa revista e os nossos conteúdos no sentido de combater aquilo que se designa como idadismo, que é preconceito contra a pessoa idosa que ainda é muito forte na sociedade portuguesa.”