Movimento quer organizar segunda marcha feminista em Viseu

No passado dia 8 de março, a cidade de Viseu assistiu a uma concentração feminista em homenagem às vítimas de violência doméstica. A marcha movimentou pessoas de todo o distrito que pretendiam espalhar a mensagem feminista e promover a reflexão em torno do papel da mulher no século XXI.

A plataforma “Já Marchavas” esteve por trás da organização da concentração. Este projeto é um movimento que luta pelos direitos humanos, ambientais e dos animais. Conhecida por ser uma iniciativa Feminista, LGBTI+, Ecologista, Ambientalista, Antifascista, Democrática, Inclusiva e Participativa, a plataforma pretende abrir mentalidades e tornar a cidade de Viseu um local melhor para se viver, em que a aceitação prevalece.

Está a decorrer uma petição pública para a realização da 2.ª marcha feminista, que neste momento conta com 947 assinaturas. No dia 20 de março decorreu uma reunião aberta da plataforma “Já Marchavas”, no Carmo’81. Entre os assuntos na ordem do dia, foi debatida a organização de uma segunda marcha pelos direitos LGBTI+ e outras atividades futuras.

Joana Fernandes, de 20 anos, conhece o movimento e participou na marcha de 7 de outubro como apoiante da comunidade LGBTI+. Considera que “são movimentos importantes, especialmente numa sociedade pequena com pessoas conservadoras, é um abre olhos”.

Patrícia Carmo, de 23 anos, concorda com os movimentos feministas, mas considera que “se lutamos tanto pela igualdade, não devia ser um movimento direcionado apenas para as mulheres”.  Na sua opinião, “o mundo acabaria sem as mulheres, somos uma mais valia”, mas nota, ainda assim, que “somos todos uma mais valia, tanto homens como mulheres”.

Por sua vez, Carlos Lopes, de 19 anos, afirma que alguns dos movimentos são extremistas, mas, de forma geral, diz ser a favor do feminismo. “Estes movimentos não prejudicam nada, ou se prejudicam alguém são as vítimas por estarem mais expostas e isso leva os agressores a terem uma reação pior”.

Texto: Filipa Jesus, Jorge Afonso, Sofia Martins