Janeiro bateu recorde de transações no Centro Histórico de Viseu
14 intenções de transação de imóveis aprovadas pela Executivo Municipal no primeiro mês de 2019. Em termos financeiros, valor global dos últimos cinco anos atinge os 27 milhões de euros
Depois de em 2018 se terem batido todos os recordes no que diz respeito a transações de imóveis no Centro Histórico, o ano de 2019 não poderia ter começado de melhor maneira, com janeiro a bater o recorde de venda de imóveis num só mês.
De acordo com os dados da Sociedade de Reabilitação Urbana, foram aprovadas em reunião de Câmara, durante o mês de janeiro, 14 intenções de transação de imóveis abrangidos pela Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Viseu, no valor global de 1 milhão de euros.
Já na passada quinta-feira, em reunião do Executivo, o Município não exerceu o direito de preferência sobre mais quatro imóveis, que agora serão transacionados.
“Depois da dinâmica sem precedentes revelada em 2018, começamos 2019 com a mesma tendência ascendente, o que revela, por um lado a atratividade do nosso Centro Histórico, e por outro a confiança que os investidores depositam na política de regeneração que temos vindo a implementar”, observa o presidente da Câmara, Almeida Henriques.
Através dos dados estatísticos complementares, verifica-se que desde setembro de 2013 – início do anterior mandato – até à presente data, foram contabilizadas 315 intenções de transação de imóveis, correspondentes a um valor global de venda de 28,6 milhões de euros, e cuja área bruta de construção equivale a 70.327 m2.
Paralelamente, foram atribuídos 131 incentivos financeiros para a recuperação de alçados, num valor total de comparticipação de 163 mil euros, correspondentes a 28 mil m2 de área de fachada a intervencionar e, ainda, 25 pedidos de comparticipação para a correção acústica, estimados num apoio monetário global de 28 mil euros.
O volume de transações, conjugado com os apoios atribuídos pelo Município, desde que o atual Governo Municipal desempenha funções, determinaram que cerca de 450 edifícios foram ou estão em fase de reabilitação, num universo de cerca de 1.100 edifícios existentes na ARU, ultrapassando já os 42% de edifícios em processo de reabilitação.
A par desta dinâmica de apoio ao processo de reabilitação de edifícios no Centro Histórico/ ARU desenvolvida por promotores privados, reflexo claro da confiança nas medidas adotadas no Plano de Ação Estratégico para a sua revitalização, o Município tem desenvolvido um conjunto de intervenções que também contribuem para a regeneração da ARU, tendo nomeadamente já reabilitado 7 edifícios (localizados na Rua Direita, Calçada da Vigia, Travessa das Escadinhas da Sé/Largo de S. Teotónio), para permitirem fixar 19 jovens casais no Centro Histórico.
Do ponto de vista das atividades económicas, está em curso um levantamento exaustivo da ocupação dos edifícios na ARU, através de estabelecimento de comércio e serviços ao nível do r/chão dos arruamentos que a constituem (trabalho esse que deve estar concluído no final do primeiro trimestre e que se estende por um universo de 80 ruas, praças e largos que a constituem), sendo já possível extrair algumas constatações. Os dados do conjunto de 9 ruas já inventariadas (Largo Mouzinho Albuquerque, Rua Formosa, Rua Serpa Pinto, Rua do Comércio, Rua do Arco, Largo Major M. Leite, Rua Direita, Rua do Arrabalde e Avenida Emídio Navarro) apontam para a existência de 464 estabelecimentos, dos quais 325 estão abertos e em funcionamento e 139 estão encerrados (sendo que destes 139 encerrados, 81 referem-se a estabelecimentos devolutos, 46 integram-se em edifícios degradados ou em mau estado de conservação e 12 integram-se em edifícios que se encontram em obras de reabilitação, findas as quais estes estabelecimentos estarão disponíveis a curto prazo).
Destes dados é já percetível que mais de 70% dos estabelecimentos existentes estão em pleno funcionamento, reflexo da dinâmica e resiliência dos comerciantes, estando, naturalmente, o Município recetivo a apoiar as propostas e iniciativas que a Associação Comercial ou os próprios comerciantes apresentem para continuar a dinamizar e promover o tão necessário comércio tradicional e de proximidade, que permita não só reduzir o número de estabelecimentos encerrados, mas também, potenciar a atividade económica já desenvolvida.
2018 foi, de resto, o ano em que se bateu o recorde de transações de imóveis no Centro Histórico – 91 -, o que se traduziu no valor global de quase 6,5 milhões de euros. Janeiro e abril foram os meses de maior atividade, com 12 transações cada. No plano oposto, fevereiro e março foram os períodos de maior acalmia com apenas 2 transações em cada mês.
A dinâmica de regeneração do Centro Histórico estende-se ao espaço público, tendo na reunião de Câmara desta quinta-feira sido também aprovada a adjudicação dos arranjos exteriores de dois largos. No Largo da Misericórdia, a intervenção custa quase 23 mil euros e tem um prazo de execução de um mês.
Já no Largo Pintor Gato, o preço fixado para a empreitada é de 30 mil euros e o prazo de execução é de 60 dias. “Estas intervenções vêm trazer ainda mais beleza ao nosso Centro Histórico”, enfatiza o presidente da Câmara.
Alargamento da Estrada Nacional 16 junto à Casa de Saúde avança
O Tribunal de Contas deu “luz verde” à empreitada de alargamento da Estrada Nacional 16, entre a rotunda junto à Rua 5 de Outubro, junto à Casa de Saúde São Mateus, e o limite do ICNF – Viseu.
A obra está pronta a avançar, quatro meses depois de ter sido aprovada em reunião de Câmara.
Orçada em 482 mil euros, a empreitada vai agora ser consignada à empresa Irmãos Almeida Cabral, Lda, que iniciará de seguida os trabalhos, numa zona da cidade onde, segundo o Presidente da Câmara, é necessário “melhorar a mobilidade”.
Voto de pesar pelo falecimento de José Arruda
Também em reunião de Câmara foi votado e aprovado, por unanimidade, um Voto de Pesar pelo falecimento do comendador José Arruda, que liderou a Associação de Deficientes das Forças Armadas.
“Homem de causas, defensor da liberdade e da solidariedade merece o reconhecimento e a admiração de todos nós”, referiu o Presidente da Câmara, Almeida Henriques, destacando “a sua entrega à causa da dignidade dos deficientes das Forças Armadas e dos deficientes Portugueses em geral”, que permitiram incrementar os valores da civilização e dignidade humana.
José Arruda, nasceu em Moçambique em 10 de março de 1949 e faleceu no dia 26 de janeiro de 2019, aos 69 anos.
“Ao longo do seu percurso de vida, ressaltaram as suas qualidades humanas e pessoais que colocou ao serviço da sociedade em geral na defesa intransigente do direito à Reabilitação e Reintegração de todas as pessoas portadoras de deficiência”, concluiu Almeida Henriques.