“Afonsinhos” querem ser campeões distritais de futsal, mas a tarefa está difícil
Por: Patrícia Monteiro (aluna do 1º ano de Comunicação Social) / Foto: Facebook da Escola de Futsal “Os Afonsinhos”
“Quem corre por gosto não cansa” é o pensamento do capitão, do clube de Futsal “Atitudes e Traquinas” mais conhecido por “Afonsinhos”, Guilherme Azevedo. Joga há quase 12 anos no clube da Vila de São Martinho de Mouros do concelho de Resende, e admite que apesar de já ter sentido curiosidade em “experimentar outros desportos como o futebol” decidiu permanecer na mesma casa. O gosto pelo clube e pelas pessoas que o rodeiam foram as principais razões da sua decisão.
Quando questionado sobre o principal objetivo da equipa para a época 24/25, diz que serem “campeões distritais é o objetivo de todos”. No entanto, uma vez que estão há 6 jornadas consecutivas em 4º lugar, reconhece que não vai ser fácil, até porque considera este campeonato como um dos “mais equilibrados dos últimos anos”.
O capitão diz haver jogadores que jogam em posições que não as suas e que a falta de profundidade da equipa é um dos motivos que falha. Além disso, assume que, por vezes, não há espírito de união e apesar de sentir que foi um resultado “muito avolumado para o que se passou no jogo” justifica dessa forma a derrota por 5-1 contra o São João da Pesqueira no dia 30 de novembro de 2024.
Embora a equipa esteja a passar uma má fase a nível de resultados, não apaga o passado. É de salientar que até à data, a escola de futsal “Os Afonsinhos” é a única detentora no distrito de Viseu, e das poucas a nível nacional, a conquistarem as Quinas de Ouro. O prémio foi atribuído em 2018 e na altura, o atleta, fazia parte do clube há 4 anos. O jogador descreve o reconhecimento como “uma sensação extraordinária” e “sobretudo de felicidade”. Partilha ainda, que foram premiados por serem conhecidos “por associar a escola ao futsal”, ou seja, “só jogava quem tinha boas notas”.
Este ano, o atleta entrou no curso de Economia na Universidade do Porto e confessa não ser fácil conciliar os treinos e os jogos. Mesmo só conseguindo treinar uma vez por semana e ficando difícil “estar ao mesmo nível” dos restantes membros da equipa, tenta.
Muitos jogadores ao se aperceberem que a carreira futebolística pode dar futuro, deixam os estudos para trás, por vezes acabando por desistir. Contudo, o capitão julga que não seria capaz de o fazer, uma vez que acredita que “termos sempre algo garantido é meio caminho andado para não termos de nos preocupar muito com o nosso futuro”. Acrescentou ainda que muitas pessoas têm, como diz a expressão popular, “mais olhos do que barriga”. Ou seja, concorda que é bom termos sonhos, mas que “devemos ter sempre os pés no chão e perceber quais são os limites”.
No final de entrevista, o jogador Guilherme Azevedo revelou que o seu maior sonho é “jogar na Liga Placard ou até mesmo jogar na Seleção Nacional.”