Inteligência Artificial gera impacto no ensino

No ensino há quem considere que a inteligência artificial, quando bem utilizada, pode ser benéfica. “Sei que aqui as opiniões divergem e que poderei mesmo ser fuzilada pelo que vou dizer, mas confesso que sou grande fã da Inteligência Artificial”, admite Cristina Marques, professora de Português.

Texto: Guilherme Pinto (aluno do 1º ano de Comunicação Social) / Foto: NAU – Sempre a aprender

Cristina Marques partilhou um pouco do seu conhecimento e da sua trajetória numa entrevista dada recentemente ao #daComunicação. Apaixonada pelo português, respira e inspira paixão pela nossa língua. Elogiada pelos alunos pela forma como se expressa e comunica, Cristina Marques aborda temas como a sua paixão pelo português e o que a motivou a ser professora, destacando os desafios que enfrentou ao longo dos anos.

A professora, que começou por estagiar na Escola Básica Professor Doutor Carlos Mota Pinto, em Tondela, começa por explicar que a paixão pelo ensino e pela língua portuguesa aconteceu de forma natural e com o passar do tempo. “É fácil perceber que a minha paixão pela língua portuguesa nas suas diversas ascendências foi crescendo à medida que também eu ia crescendo”, querendo transmitir que o gosto pelo ensino e pelo português, esteve sempre presente desde pequena. 

Cristina Marques refere ainda que ao entrar no ramo de humanidades no secundário, escolheu como língua de iniciação o Latim, que contribuiu bastante para o impulso desta paixão. 

Cristina Marques diz que ser professora, atualmente, é um desafio, pois nem todos os alunos têm a mesma capacidade de aprendizagem e o mesmo interesse pela escola. A docente refere que é muito mais fácil cativar e envolver alunos nativos e que o português é indispensável. “Fazê-los sentir que a língua portuguesa, o conhecimento das regras gramaticais e das obras é fundamental para que saibamos, estar, falar e até mesmo ter conhecimento da história de Portugal é um excelente fio condutor para a vida”, refere. 

No que toca às aulas, a professora refere que mais importante que a obrigatoriedade de saber as regras gramaticais para compreender a língua portuguesa e colocá-las em prática, é encarar a aula como algo mais pessoal de forma a não ficar tão monótona. “Utilizo bastantes exemplos diários, mnemónicas e afins para que haja uma maior proximidade do aluno com os conteúdos”, explica. Cristina Marques diz ainda que há obras que contribuem para uma maior atenção dos alunos. “Foi extremamente fácil captar a atenção dos alunos, por haver temas transversais aos tempos e sociedade atual, bem como estabelecer a oposição entre outros”, referindo-se à obra de Frei Luís de Sousa.   

Cristina Marques diz que “a literatura portuguesa é uma caixa de Pandora”, querendo com isto transmitir que há sempre alguma coisa nova a revelar, realçando que o leque de obras devia ser mais diversificado, devido à imensidão de obras de qualidade existentes.  

De forma a concluir, Cristina Marques diz que os alunos, para serem dominadores na língua portuguesa, devem assimilar de uma forma natural as aprendizagens, pois só assim ativarão o seu sentido crítico e fluência na escrita e oralidade. 

Cristina Marques compartilhou detalhes sobre a sua carreira, as dificuldades enfrentadas e a paixão pela língua portuguesa. Esta entrevista destaca não só os desafios de ser professora atualmente, mas também aquilo que é necessário para ser fluente na nossa língua. 

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