Projeto da Cáritas Viseu vai reabilitar casas para pessoas desfavorecidas
A Cáritas Diocesana de Viseu está a reconstruir várias casas para que no futuro possam acolher pessoas em dificuldades, nomeadamente sem-abrigos, refugiados, migrantes e vítimas de violência doméstica.
Texto: Guilherme Ramalho (aluno do 1º ano de Comunicação Social) / Fotos: Liliana Carona (Rádio Renascença)
“Este projeto surgiu por haver uma necessidade cada vez maior de ajudar pessoas que estão em situação de dificuldades habitacionais”, diz o coordenador da Cáritas Viseu, António Silva.
Depois da compra das casas, a Cáritas fez uma candidatura ao PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) no âmbito da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente Temporário. Este programa permite um alojamento para emergências, embora temporário, durante esse período, as pessoas para não ficarem a viver na rua podem ser ajudadas, referiu António Silva.
Em relação ao acompanhamento das pessoas que vão ser ajudadas, salienta que “não basta poder dar-lhes um teto, uma habitação”, é necessário dar-lhes condições com o apoio de equipas para poderem ser inseridas na sociedade, nomeadamente ao ajudar na procura de emprego, na colocação dos filhos em escolas e no apoio na saúde e na formação profissional.

Segundo o coordenador da Cáritas, o projeto não pode ser feito apenas a partir de uma organização, terá apoio de outras instituições e “é muito importante fazer um trabalho de parceria com o município e com a Segurança Social”. Para as pessoas que querem ajudar diz que podem fazer trabalho voluntário para reforçar o projeto, e é também possível fazer donativos para melhorar as infraestruturas das casas. “Na sociedade há sempre muitas formas de ajudar”, lembra.
Para António Silva, este projeto é uma resposta inovadora, pois não há muitos projetos como este no país e no caso de Viseu é necessário para ajudar as pessoas que se encontram sem alojamento.
As pessoas têm de sentir que “existem sempre ideias e respostas que devem ser melhoradas para termos uma sociedade mais harmoniosa e melhor”, conclui António Silva.