Luís Marques Mendes. Da alegada manifestação das minissaias à possível candidatura a Belém
Apesar de não se recordar ao certo do episódio das minissaias, Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes diz que a primeira manifestação em que participou, “foi justamente no dia a seguir ao 25 de abril”. Nessa altura estava no liceu de Guimarães. A manifestação defendia “os valores do 25 de abril e, de alguma forma, também um pouco de contestação ao clima que se vivia anteriormente no liceu”.
Por: João Mota
Marques Mendes nasceu em Guimarães a 5 de setembro de 1957, vivendo a sua infância em Fafe. Em 1985 foi para Lisboa e aos 17 anos inicia-se na vida política, “apelava ao voto, mas não votava”. Sempre conciliou a política com o desporto, e a sua altura não o impediu de praticar futebol, andebol, bodyboard e ténis.
Luís Marques Mendes sempre foi um adepto do Benfica. Refere que nos “tempos de criança era uma pessoa muito viva muito irreverente, irritava com alguma facilidade. Sou benfiquista. Sofria imensíssimo nos meus 12/13 anos e recordo-me que um dia, num célebre jogo no Estádio da luz, com o Manchester United, salvo o erro em que o Benfica perdeu 5-1, eu tão irritado de ouvir o relato do jogo, eu parti o rádio, irritado, furioso.”
Marques Mendes é licenciado em direito pela Universidade de Coimbra tendo exercido também a advocacia. Entrou “no PSD em 1974 e começou logo a fazer comícios. Foi justamente nesse período da campanha eleitoral para as primeiras eleições de 75, que” em “representação da JSD, era quem intervinha como representante nos vários comícios no distrito de Braga”. Sempre gostou muito de escrever. Escrevia e lia. Adora falar de improviso. Esteve 10 anos no governo, e não tem “muitos discursos escritos.
Integrou os três governos de Cavaco Silva, foi Ministro dos Assuntos Parlamentares, entre 2002 e 2004. Foi presidente do PSD e atualmente é comentador na SIC e é Conselheiro de Estado, nomeado pelo atual Presidente da República.
O atual comentador da SIC poderá ser um candidato a Belém. Até a sua neta mais velha já o abordou sobre o tema “dizendo que uma colega dela no colégio lhe tinha perguntado se essa hipótese ia acontecer. Portanto é daquelas coisas que uma pessoa nem sabe o que é que há de responder”.
Luís Marques Mendes refere que vai “tomar uma decisão sim, no próximo ano e vou anunciar uma decisão sim, no próximo ano. Essa decisão não está nada dependente da candidatura de A de B ou de C. Está apenas dependente, como sempre disse publicamente, da avaliação de duas questões: saber se considero ter condições políticas e por outro lado saber se considero que verdadeiramente posso ter alguma utilidade, ser útil ao país porque ao fim do dia é a única coisa que realmente interessa. Poder ser útil ao país. E, portanto, no próximo ano direi.”