Perfil. Emmanuel Macron – o europeísta com um matrimónio invulgar
Emmanuel Macron, atual Presidente da República francês, nem sempre teve uma ligação direta com a política. Envolto em constantes polémicas relacionadas com temáticas como a da idade das reformas, o político nascido em Amiens, no Norte de França, tem histórias particulares para contar ao nível da vida pessoal.
Por Ricardo Rodrigues
Um ano depois da primeira filha dos pais ter falecido após complicações no parto, o nascimento de Emmanuel Macron é retratado como “um milagre” pelos seus pais, tendo sido o nome Emmanuel escolhido pela simbologia – “filho de Deus”.
Aos 16 anos, o agora chefe de Estado francês foi enviado para Paris pelos pais numa tentativa de conclusão do ensino secundário, longe da professora de Teatro, Brigitte Trogneaux. Os esforços não foram suficientes, uma vez que o filho e a docente, com mais 24 anos do que ele, são casados desde 2007. Sem filhos provenientes deste laço matrimonial, Macron aponta-se como um “orgulhoso” avô dos netos da esposa.
A formação académica não tinha a política como meta teórica à raiz, tendo-se licenciado em Filosofia. Considerado por muitos um maquiavélico, devido à postura apresentada e à tese sobre Maquiavel elaborada no fim de curso, passou ainda pela École Nationale d’Administration (ENA), em Paris – instituição de ingresso obrigatório para os ambiciosos no que a uma carreira política concerne.
A cinco anos de cumprir meio século de existência, o Presidente da República de França, uma das maiores forças europeias, vê na vontade em que a Europa se transforme numa terceira superpotência mundial uma das suas principais caraterísticas. O mandato, vigente desde 14 de maio de 2017, tem sido marcado por uma luta acérrima contra a escalada da extrema-direita, pela pessoa de Marine Le Pen. “Temos de ser suficientemente corajosos para aceitar uma maior integração em determinadas políticas, e talvez até várias velocidades nesta Europa”, indica o líder gaulês.
