Perfil. Marcelo Rebelo de Sousa o presidente que quer ser recordado como um bom pai, um bom avô e um bom professor
Ex comentador televisivo, uma das figuras políticas mais próximas da consensualidade junto do povo e atual chefe máximo do Estado Português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma no programa “Alta Definição” que ficará feliz se for recordado como um bom pai, um bom avô e um bom professor.
Por Nuno Martins
Marcelo Rebelo de Sousa sempre teve um gosto especial pela comunicação, como aliás, o seu percurso profissional de professor, comentador, jornalista e político denuncia, chegando até a fazer rádio na Emissora Nacional, com um programa que consistia em contar histórias em francês na altura em que frequentava o liceu. A rádio fascinava-o (e continua a fascinar) e na altura em que era jornalista do Expresso conseguiu fazer um programa na Rádio Comercial onde lia os títulos do Expresso.
Em entrevista à revista Cristina, caracteriza a sua infância como “felicíssima” à qual o professor dava 20 valores. Esta felicidade vem da família, como afirmou na entrevista, mas também veio do desporto como admitiu no Cultura Tática.
No programa da Sport Tv tornou-se no primeiro Presidente da República a dar uma entrevista sobre desporto na “casa do povo português” como o próprio denomina. Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que não foi feito para a prática desportiva, na medida em que apesar do gosto e do facto de ter experimentado vários desportos na sua infância e adolescência (desde ténis, a natação a basquete, entre outros) nunca, a seu ver, o jeito igualou a imensa vontade de praticar.
No entanto, um dos factos mais curiosos da vida do professor Marcelo surge, efetivamente, do desporto mais concretamente do futebol. Durante o 25 de abril era dirigente da Federação Portuguesa do Futebol, devido à sua posição na associação de futebol de Angra do Heroísmo e como novidade para muitos chegou a ser selecionador nacional no final de um jogo da Seleção no Brasil.
A sua biografia presidencial retrata-o como um homem católico, licenciado em Direito e doutorado em Ciências Jurídico-Políticas, detalha a sua experiência profissional e até alguns voluntariados e dá ênfase também ao facto de ter sido militante do Partido Social Democrata desde a sua fundação e de ter presidido o mesmo entre 1996 e 1999.
Este é o homem que mereceu o voto de confiança do povo por duas vezes seguidas. O professor, o jornalista, o político, que conquistou os portugueses ao longo de cerca de 15 anos, agora com 73 anos, será certamente recordado como o presidente dos afetos e das “selfies”.