Morreu António da Cunha Telles, figura ilustre no Cinema Novo português

Um dos nomes indissociáveis do Cinema Novo Português nos anos de 1960, António da Cunha Telles, morreu esta quarta-feira aos 87 anos, disse sua filha, Pandora da Cunha Telles, à agência Lusa.

Por Francisca Jardim

Segundo a produtora, faleceu no Hospital Cuf Tejo, em Lisboa. O velório decorre-se hoje a partir das 17 horas, na Basílica da Estrela e o funeral será no sábado, às 14 horas, também na capital.

Natural do Funchal, e filho de um advogado português e de uma cantora lírica dinamarquesa, foi na Madeira onde ganhou o gosto pelo cinema, a fazer filmes na adolescência.

Foi Realizador de alguns filmes tais como “O Cerco” (1970), “Meu Amigos” (1993), “Pandora” (1974). A sua ligação ao cinema emergiu na década de 1960, com a produção de filmes fundadores do Cinema Novo português como “Os verdes anos” (1963), de Paulo Rocha, e “Belarmino” (1964), de Fernando Lopes.

Dirigiu o jornal de atualidades “Imagens de Portugal”, passou pelos serviços de cinema da Direção-Geral do Ensino Primário, foi orientador de cursos na Mocidade Portuguesa, e operador de câmara para a RTP, tendo filmado a visita da rainha Isabel II a Portugal em 1957.

Tinha praticamente concluído e ainda inédito, o filme “Cherchez la femme”, a partir de uma obra de Mário de Sá-Carneiro.

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