“Nem mais uma”: este é o mote para erradicar a violência contra as mulheres
Esta sexta-feira (25), assinalou-se o Dia Internacional de Eliminação da Violência Contra as Mulheres. Esta vigília foi organizada pela plataforma “Já Marchavas”, que quer promover a igualdade entre todos e erradicar qualquer tipo de discriminação ou violência.
Por: João Alves.
Até ao dia 15 de novembro deste ano, o observatório da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), contabilizou que 28 mulheres foram assassinadas, e destas, 22 em contexto de violência doméstica.
“Desde 2004 mais de 600 mulheres foram assassinadas, pelos seus companheiros ou ex-companheiros, em Portugal. Não são apenas números são vidas destruídas”, refere Carlota Duarte voluntária da plataforma “Já Marchavas”.
Manifesto da Plataforma “Já Marchavas”
No manifesto desta iniciativa, Inês Coelho, voluntária da UMAR refere que, “desde 1999 que o dia 25 de novembro se declara como o Dia Internacional de Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres”. O objetivo deste dia é uma forma de fazer luta, resistência e combater as opressões de género, económicas, sociais, etnia entre outras. A plataforma considera que o nosso país é “resistente à mudança”, e que apesar de todos os esforços feitos por diversas associações, ativistas, alguns partidos políticos e medidas governamentais que “alertam e sensibilizam para o flagelo da violência doméstica”.
Balanço da criminalidade contra as mulheres
Só no primeiro semestre deste ano foram assassinadas 19 mulheres em Portugal. Em relação ao ano passado houve um aumento de nove crimes. Destes crimes 16 foram feminicídios, relacionados com questões de género. O assédio moral, assédio sexual, as relações abusivas que se consolidam como violência doméstica, os casamentos forçados, as mutilações genitais continuam a ser desvalorizados.
Apoio por parte de outras associações e partidos
O Bloco de Esquerda esteve representado, assim como o PAN. As associações “SOS Racismo” e “Olho Vivo” também estiveram presentes.