Cister FM: A “Rádio de Gerações” que aposta na diversidade de conteúdos

Fundada em 1989 através da junção de duas rádios piratas do concelho de Alcobaça, a Cister FM é uma das maiores rádios da região de Leiria. Com uma grande diversidade de programas é considerada a “Rádio de Gerações”.

Reportagem de Inês Ferreira

Emanuel Moura, locutor na Cister FM desde 2004, refere que “como é uma rádio local existe sempre uma grande proximidade com os ouvintes e estes têm a facilidade de conseguir ligar diretamente para a rádio e falar com o locutor, o que é algo que não acontece nas rádios nacionais onde a pessoa liga, mas não fala em direto”. Existem programas de discos pedidos como o “Peça que não maça”, que é transmitido todos os dias das 18h às 20h, e ainda programas onde os ouvintes podem expressar as suas opiniões.

É possível ouvir esta rádio na frequência 95.5 FM e também em formato online no seu site. O locutor explica que “naturalmente as pessoas navegam cada vez mais na internet e procuram os produtos através da internet” e que a rádio “está de forma mais agressiva nas plataformas digitais”. Criado há mais de 10 anos, foi há cerca de 5 meses que o site teve uma nova versão, trata-se de um “upgrade” que foi feito aquando da reformulação da estrutura da rádio. Emanuel Moura afirma que o site está “muito mais dinâmico e interativo” e relembra que “todos os programas estão disponíveis em formato de podcast”.

 Considerada a “Rádio de Gerações”, esta tem uma grande diversidade de programas e conteúdos, como programas de autor, rubricas e jornal do dia. Exemplos das rubricas que se destacam neste órgão são as que permitem a participação de especialistas, sobre os mais diversos temas da sociedade, como por exemplo, a “Mente Sã” no qual são abordados temas como a ansiedade, saúde mental e a perda, e “ Um minuto de nutrição” em que são dados vários exemplos de alimentos e todos os seus benefícios que estes têm para a nossa saúde.

Para além disto, a rádio aposta cada vez mais no uso ativo das redes sociais, destacando-se no Instagram e no Tiktok.

Uma das mais valias da Rádio Cister é o seu site, Emanuel Moura refere que “as pessoas interagem cada vez mais ao clique” e que a contabilização que se faz através das chamadas telefónicas do FM “pode ser dúbia” e que, por isso, “através dos cliques existe uma perceção direta da quantidade de pessoas” a que a rádio consegue alcançar.

No site da rádio existe uma secção chamada Casos de Polícia. O locutor salienta que através do tema Casos de Polícia, o site ganha “mais de metade dos cliques só porque aquilo chama à atenção”. Estes Casos de Polícia são apenas regionais e são dados que recebem por parte das autoridades como a GNR, PSP e Polícia Judiciária.  Esta secção é um dos exemplos que Emanuel apresenta como sendo uma forma de “marketing”, já que atrai e envolve a população nas questões principais da sociedade.

Apesar de ser uma rádio local, esta é uma das maiores rádios locais da região de Leiria. Nasceu da junção de duas rádios piratas, a Rádio Cister e a Rádio Frequência Musical e foi a partir da legalização da rádio em 1989 que nasceu a Cister FM.

Mesmo sendo local, em termos de dimensão a rádio tem “17 locutores, 17 pessoas em antena”, o que é uma dimensão muito grande para uma realidade que é pequena”, afirma o Locutor.

A gestão das notícias locais é feita num departamento específico, que é a redação que gere. O locutor explica que é feito “um apanhado diário das coisas que estão a acontecer” e que “a informação regional é garantida por um jornalista que todos os dias atualiza as notícias”. Apesar de a rádio ter vários colaboradores a trabalhar, só há um jornalista a fazer o acompanhamento das notícias diárias, o que se pode tornar complicado.

A pandemia também afetou todos os trabalhadores da rádio, o locutor explica que tiveram de entrar em regime lay off, sendo que “todos os trabalhos que eram possíveis fazer fora da rádio foram garantidos”. Apesar do ligeiro abrandamento da pandemia ainda existem pessoas em teletrabalho.

Como rádio local, a Cister FM é pautada pela proximidade que apresenta com os seus ouvintes, algo que os colaboradores da rádio consideram de estrema importância para desenvolver um trabalho direcionado à população da região.