Viseu Cultura com mais 16 projetos aprovados

A Câmara Municipal de Viseu aprovou, na passada quinta-feira, a lista final de projetos a financiar pelo programa VISEU CULTURA em 2021, no âmbito da linha “Programar”, orientada para o apoio a festivais e eventos culturais.

Assim, nesta linha, serão financiados 16 projetos, num valor de 450 mil euros, acrescido de um apoio não financeiro de até mais 25% (na ordem dos 560 mil euros). Da lista agora conhecida, sete candidaturas são inéditas, e 11 são novas edições de projetos anteriormente apoiados. Entre os promotores com novos projetos de programação cultural contam-se a Amarelo Silvestre, o Teatro Montemuro, a Mochos no Telhado, Companhia de Teatro Erva Daninha, a Narrativa Magnética, a Companhia de Dança Paulo Ribeiro e Cláudia Sousa.

Na sessão, a Câmara Municipal deliberou ainda aprovar o “projeto de decisão” das candidaturas a financiar na linha “Criar”, com uma dotação orçamental de 100 mil euros, com vista ao estímulo à criação artística. Ao todo, 13 candidaturas são consideradas para aprovação.

Foi também aprovado o acordo de colaboração com a ASPEA – Associação Portuguesa de Educação Ambiental, no valor de 15 mil euros, com vista à promoção, salvaguarda e reconhecimento dos valores ambientais da Quinta da Cruz – Centro de Arte Contemporânea de Viseu. O acordo visa a criação e desenvolvimento de um programa estruturado e continuado para a sensibilização ambiental e preservação do ecossistema local, partindo da extensão verde deste espaço e podendo ser alargado a todo o concelho. Pretende-se ainda promover a valorização do ecossistema do Rio Pavia, a preservação das suas margens e a salvaguarda da biodiversidade, através de iniciativas de cooperação científica, investigação, formação académica e ações educativas destinadas a públicos diversificados.

A colaboração com a ASPEA apostará na promoção de iniciativas conjuntas, no âmbito da Educação e Sustentabilidade Ambiental na Quinta da Cruz, e aproximar a comunidade da cultura e da natureza através das atividades no âmbito do plano de ação “Viseu, Cidade-Jardim 2021, entre outras. Outros dos objetivos é estabelecer uma rede de parcerias nacionais e internacionais, através de projetos conjuntos, que possam fortalecer e tornar visível as potencialidades do Centro de Arte Contemporânea de Viseu nas ações de índole ambiental.

Saliente-se ainda a propósito que, a partir de hoje, a Quinta da Cruz assume de forma irreversível o seu papel como Centro de Arte Contemporânea de Viseu. O Município aceitou a doação do Espólio José Mouga por parte da família do artista viseense. O acordo estabelece as condições de doação de, pelo menos, 50% do espólio artístico do pintor José Mouga, em número de obras, nas diferentes expressões e suportes (pintura, desenho, escultura, cadernos de registo, entre outros). Este passo permitirá à Quinta da Cruz a constituição de Coleções, cuja obra, de relevante valor artístico, se encontra representada em vários museus nacionais e em coleções particulares estrangeiras e portuguesas.

A relevância da obra para a Cidade de Viseu é uma mais-valia para a valorização do património e da produção artística contemporânea local, e vai permitir gerar dinâmicas de investigação e estreitar relações com outras coleções de relevância, com interesse em receber as obras deste espólio. Consolida-se, assim, um projeto de reserva técnica visitável e centro de estudos e investigação para a arte contemporânea do Município de Viseu, promovendo a salvaguarda de um espólio artístico de relevância nacional de um autor viseense marcante no contexto da arte contemporânea.

Nota ainda para a aprovação dos contratos de comodato, entre o Município de Viseu e a AFTA – Associação de Fomento de Teatro Amador e o Município de Viseu e a AssociaçãoMochos no Telhado, que passa pela cedência gratuita do edifício do CMIA – Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viseu. O objetivo é converter o percurso linear do Pavia num polo de atividades culturais e socioeducativas.

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