Da adaptação difícil ao modelo adequado para manter contacto entre professores e alunos
Com a atual pandemia que o mundo atravessa, um dos setores mais afetados foi o da educação. Os esforços dos profissionais desta área sentem-se por todo o país. A Escola Básica Integrada de Arrifes, em Ponta Delgada (Açores), é uma das muitas escolas que tenta encontrar bons métodos para o ensino à distância.
Por Mariana Mendes
O início da quarentena levou o setor da educação a procurar novas formas de ensino, para que os alunos continuassem o seu ano letivo a partir de casa. Com apenas duas semanas em estado preparatório, para depois começarem a decorrer as aulas online, “inicialmente foi tudo muito complicado, muito estranho”, conta Elsa Filipa, professora da Escola Básica Integrada de Arrifes, em Ponta Delgada, nos Açores. O tempo de preparação não foi muito e as opções eram poucas. “Disseram-nos que teríamos de trabalhar a partir de casa. Deveríamos encontrar ferramentas e estratégias para continuar a lecionar a partir de casa e foi desde esse momento que conseguimos iniciar uma busca dos melhores métodos”, salienta a professora.
Várias atividades foram sugeridas pela escola e pela secretaria regional de Educação. Coube aos professores tentar descobrir qual seria o melhor método para preparar e dar as suas aulas em casa. Foi um processo de adaptação complicado, realça Elsa Filipa, quer para os professores quer para os alunos. No entanto, a docente acredita que “este modelo até foi adequado. Contudo, como foi um modelo preparado em cima da hora, ninguém estava pronto para o que está a acontecer atualmente. Não havia outra forma de lidar a não ser esta. Tivemos pouco tempo para nos preparar.”
Segundo Elsa Filipa, caso a situação de quarentena se prolongue, já estão a ser postos em consideração novos métodos de ensino à distância. Porém, o facto de existirem alunos com falta de meios e acesso à internet, torna difícil a sua participação nas aulas online. Apesar disso, a professora não deixa de destacar que a Escola Básica de Arrifes, já desenvolveu várias soluções, com o propósito de ajudar os diversos alunos a aceder às tarefas sugeridas nas aulas. Elsa Filipa refere o exemplo de uma das soluções utilizadas, no áudio anexado a esta notícia.
A aplicação de eleição, em muitas ocasiões, foi o Messenger. Os professores mantêm contacto com os alunos ocasionalmente, fazendo-os sentir que têm o apoio da escola, mas, ainda assim, a acomodação à vida em casa acabou por reduzir a participação dos estudantes. Elsa termina ao dizer que, de facto, a gestão do tempo em família com o profissional tornou-se mais complicada, sendo ela mãe de dois filhos e com um marido, também professor.
Durante a atual situação de pandemia, a Escola Básica Integrada de Arrifes, tentou ajudar todos os alunos com mais dificuldades financeiras, emprestando-lhes materiais como iPads e computadores, para conseguirem acompanhar aulas online.