Maria do Céu Albuquerque, a ministra que adora cozinhar
Maria do Céu Albuquerque nasceu em 1970, em Abrantes. Nunca desenvolveu antes qualquer atividade no setor agrícola, nem em termos produtivos, nem políticos. É a mulher que vai negociar a Política Agrícola pós-2020.
Por Ana Filipa Costa
Jogava ao prego, ao mata e ao berlinde na escola primária e dona Cremilde foi a professora que a mais marcou. Lembra-se muito da avó materna e todo o carinho que esta lhe dava. Não só foi uma grande referência para a sua personalidade como lhe deu o gosto pela cozinha.
Aos 18 anos foi para Coimbra estudar. É Licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e pós-graduada em Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz.
A exigência e o conservadorismo do pai eram notáveis. Tinha medo que a sociedade não iria dar as mesmas oportunidades à filha por esta ser mulher. Queria que criasse competências e defesas para lutar por aquilo que deseja. Coimbra trouxe-lhe a emancipação. Tinha a ambição de conhecer e não ficar refém do seu conforto e conseguiu.
Em 2006 iniciou a sua carreira como vereadora na Câmara Municipal de Abrantes e em 2009 foi eleita como presidente. Foi presidente da Câmara Municipal de Abrantes durante 9 anos e desde 2013 presidiu ao Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.
Casou muito cedo e teve duas filhas, uma de 21 e outra de 23 anos. O seu projeto de vida sempre foi ter uma família.
É membro do Comité de Acompanhamento do Programa Operacional Regional do Centro – Centro 2020, e da Comissão Executiva da Entidade Regional do Turismo Centro de Portugal, presidindo também à direção da TecParques – Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia.
Maria do Céu Albuquerque é a segunda mulher a ocupar o cargo de ministra da Agricultura, depois de Assunção Cristas, no tempo do Governo de Passos Coelho.