Politécnico de Viseu celebrou o dia da instituição e anunciou programa comemorativo dos 40 anos
O presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), João Monney Paiva, anunciou ontem o programa de comemorações dos 40 anos da instituição, na ocasião do evento “Música e Ciência – Mudam-se os Tempos”, perante a vasta assistência que marcou presença na Aula Magna.
Esta iniciativa, com que se assinalava o “Dia do Instituto Politécnico de Viseu”, e para o qual toda a comunidade foi convidada, consistiu numa atuação da Orquestra Metropolitana de Lisboa e numa conferência do professor Carlos Fiolhais.
Cenário ideal para, num ano particular, em que se assinalam os 40 anos da criação de instituições de ensino superior politécnico no nosso país, o presidente do IPV anunciar que essas comemorações vão ser mais do que a celebração de um dia, tendo enumerado várias atividades previstas para os próximos cinco meses.
Recorde-se que o então designado por Instituto Superior Politécnico de Viseu tem a sua génese no decreto-lei que estabeleceu a criação destas instituições de ensino superior no nosso país, publicado em 26 de dezembro de 1979.
Arte e Ciência de mãos dadas
O momento cultural que conciliou música e ciência em formato concerto-conferência, “Mudam-se os Tempos” é um evento inserido na iniciativa “Música e Ciência”, que resulta de uma parceria entre a Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Na primeira parte do programa, dedicada à ciência, o professor Carlos Fiolhais, físico, ensaísta e docente universitário, discorreu sobre “De Carl Philipp Bach a Joseph Haydn: Muda a Música e Muda a Ciência”. O académico estabeleceu o paralelismo das grandes mudanças vividas no século XVIII, tanto na música, e até mesmo na arte escultórica, como na ciência, que da Alemanha e da Áustria irradiariam para o resto da Europa. Também em Portugal se começavam então a viver tempos de mudança.
Seguiu-se a interpretação pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, da “Sinfonia em Sol Maior, WQ 173”, de Bach, e a “Sinfonia N.º 64, Hob. I/64, Tempora mutantur”, de Haydn, sob a direção musical de Marcos Magalhães.
A escolha de temas de Bach e Joseph Haydn resultou de um enquadramento com a intervenção do professor Carlos Fiolhais, uma vez que estes dois grandes nomes da música universal se situam na época em análise, um tempo florescente nas artes e na ciência, um tempo de mudança e gerador de novos rumos.