“Nos primeiros tempos chorava, sentia falta das minhas coisas”
Fábio Novo, 19 anos é jogador dos juniores do Sport Lisboa a Benfica. É atleta da formação dos encarnados há sete anos, vindo do C.D.Feirense para a Luz. Atualmente com 11 internacionalizações ao serviço da seleção nacional, Fábio Novo falou com o #DaComunicação
Representa a formação do Benfica há 7 anos. Quais foram os melhores momentos que guarda de águia ao peito?
Eu acho que em todos os anos em que estive aqui no Benfica tive bons momentos, mas penso que os meus melhores momentos foram na época de iniciados A, em que fui campeão nacional, marquei mais de 30 golos durante a época no campeonato e acabei por conseguir as duas primeiras internacionalizações.
É natural de Ovar e agora vive em Lisboa. Quais foram as principais dificuldades de “abraçar” o sonho benfiquista ?
As maiores dificuldades que tive foram sem dúvida estar sem a família e os amigos . Lembro-me perfeitamente que nos primeiros tempos chorava quase todos os dias, sentia falta das minhas coisas junto dos meus pais e de ter os meus amigos por perto, mas sabia que era o caminho que tinha de seguir. O facto de viver sem as pessoas que mais gostava por perto fez com que me tornasse numa pessoa forte em termos mentais e ajudou-me a amadurecer mais rapidamente.
Com 11 internacionalizações ao serviço da seleção das quinas, qual a sua opinião em relação ao futuro da nossa selecção e do trabalho da nossa federação em relação à formação?
Em relação ao futuro da nossa seleção penso que temos diversos nomes de jogadores com um largo futuro pela frente no panorama da nossa seleção nacional, como é o caso do João Mário , do Bernardo Silva e do André Gomes. São jogadores jovens e que já revelam uma maturidade enorme em campo e com certeza que vão ser valores a ter em conta para a nossa seleção. Em relação ao trabalho que está a ser feito pela federação, acho que tem sido de qualidade, prova disso a final alcançada no último europeu de sub-21. Os jogadores das diversas seleções, ao longo do ano, e antes das grandes competições internacionais, passam bastante tempo juntos e há mais do que tempo para se conhecerem, visto que a federação efetua bastantes paragens nos diversos campeonatos de modo a haver estágios dos diferentes escalões de formação na seleção nacional.
Qual foi o treinador que mais o marcou? Tem alguma referência no futebol nacional/internacional?
O treinador que mais me marcou foi o Luis Araújo, na época em que era sub-16, devido à maneira como falava comigo, às diversas conversas que tive com ele ao longo da época e que me ajudaram bastante a mudar a minha maneira de pensar e de estar no futebol. A minha referência a nível de treinador é o Pep Guardiola , treinador do Bayern de Munique, que no próximo ano vai ser treinador do Manchester City, visto que nas duas equipas em que passou privilegiou sempre um futebol atacante, de posse de bola e de domínio sobre o seu adversário seja em que jogo for.
Atualmente, Renato Sanches assume o protagonismo da sua geração. Tendo jogado ao lado dele considera que ele sempre se evidenciou como um jogador “especial”?
De certa forma penso que sim. A partir dos 14/15 anos a diferença em termos de força, por exemplo, em relação a nós, colegas de equipa dele, era algo brutal . Lembro-me que era forte no 1 para 1 também e no arranque. É um jogador muito potente e com um leque de opções no seu jogo bastante variado, daí a sua afirmação tão precoce no futebol nacional e internacional .
Está no seu ultimo ano de junior, ou seja prestes a acabar a carreira da formação. Que planos tem para o futuro como primeiro ano de sénior? O empréstimo é a solução?
Os meus planos para a próxima época são bastante simples: quero continuar a trabalhar e a evoluir enquanto jogador e a nível físico . O mais importante será jogar com regularidade. Não sei nada ainda sobre o meu futuro, mas sei que vai ser resolvido muito em breve e que vai ser encontrada a melhor solução possível para a minha carreira enquanto jogador de futebol.
Joel Magina