Balanço de bens das empresas portuguesas está no vermelho

O valor das importações das firmas portuguesas supera, em larga escala, o montante das exportações. A verba atingida em 2017 é a mais elevada dos últimos seis anos.

A disparidade entre os bens importados e exportados atinge os 14 mil milhões de euros negativos, o que evidencia uma clara tendência das empresas portuguesas em comprar bens ao mercado externo.

A área metropolitana de Lisboa é a zona que mais contribui para este desfasamento, com o saldo da balança a registar um défice de mais de 18 mil milhões de euros. O Algarve, 137 milhões, e a Região Autónoma dos Açores, 89 milhões, também apresentam números negativos. Em contraponto, a zona norte é a região onde se regista o saldo mais favorável, com valores na ordem dos 5 mil milhões positivos. A zona centro, o Alentejo e a Região Autónoma da Madeira contribuem, igualmente, de forma positiva para o equilíbrio da balança, com verbas de 1 bilião, 754 milhões e 5 milhões, respetivamente.

Os números da balança de 2017 suplantam os valores averbados no ano transato. Assim, quebra-se uma sequência de redução progressiva que se registava há oito anos. Para se encontrar um montante negativo superior ao que se regista este ano, é preciso recuar até 2010 e 2011, anos em que Portugal atravessava uma grave crise financeira.

 

Texto: João Miguel Carvalho

Imagem: FreeImages.com/Eike Reifhardt

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