Shutter Down: “Temos de acordar o nosso interior para irmos mais além”

Os Shutter Down são uma banda de rock viseense formada em 2011 e constituída por Jorge Pinto no Baixo, Gonçalo Coelho e Carlos Andrade na GuitarraSérgio Maia na voz e André Lázaro na bateria. No dia 27 de janeiro realizaram a apresentação oficial do seu álbum de estreia “Awake” no palco do Carmo’81. Antes do concerto falaram com o #Dacomunicação.

  

São de Viseu, mas já pisaram diversos palcos em Portugal e Espanha, e foram vistos por centenas de pessoas que ficaram fãs do vosso trabalho. Como se resumem estes 7 anos de história dos Shutter Down?

Para quem não nos conhece nós começamos como uma banda de covers em 2011, e aquilo que se passou ao longo dos vários anos foi que o pessoal ao ouvir as nossas adaptações dos covers que fazíamos foram pedindo sempre que fizéssemos músicas originais, porque queriam ouvir aquilo que seria a nossa essência. Foram muitos concertos a ouvir isso e acabou por acontecer, chegámos todos a essa conclusão e já que nos dávamos bem quer a nível pessoal quer a nível musical decidimos apostar nessa vertente. E também queríamos mostrar a nós próprios aquilo que nós éramos.

 

Passaram de uma banda de covers a uma banda de rock com temas originais. Como se deu este salto na vossa carreira?

Enquanto estávamos no projeto de covers, sempre demos a nossa interpretação a cada música, era o modo de nos diferenciarmos. O público gostou disso e ficou curioso por saber como soariam temas originais e decidimos dar essa oportunidade a nós mesmos. Faltavam-nos fundos para podermos gravar o álbum e, então, delineámos uma estratégia que passou por nos por à prova, num projeto de crowdfunding, a plataforma portuguesa PPL. Criámos a nossa primeira música “The Edge of Domination”, acompanhada pelo videoclip e nova imagem e lançamos a campanha na internet o que fez com que atingíssemos o objetivo. Criámos as músicas do álbum enquanto fazíamos concertos entre Portugal e Espanha e, assim que terminámos essa etapa, partimos à procura de um estúdio. Fomos apresentados à dupla Bruno Silva (Noise Magnet – Guimarães)  e Bruno Silva (Hanuman Studio – Gaia) e fomos até Guimarães gravar o álbum. Já estamos a fazer concertos com alguns dos temas originais, mas hoje é apresentação oficial do nosso álbum “Awake”, aqui no Carmo’81.

Os Shutter Down marcaram de certa forma o panorama musical em Viseu. Acham que sempre foram bem recebidos na vossa cidade?

Sim, sempre fomos bem recebidos. Nos locais onde atuamos sempre fomos bem recebidos. Nunca ninguém nos deixou ficar mal e queremos agradecer a todos os espaços onde atuamos em Viseu. Gostávamos de ter atuado noutros sítios, mas a história não acaba aqui e existem ainda muitos anos para podermos rockar juntos.

 

Realizaram há pouco tempo uma tour em Espanha. O feedback do público espanhol é muito diferente daquele que recebem em Portugal?

Apesar de ser perto e a língua ser semelhante, não sabíamos se iríamos conseguir comunicar da mesma forma como comunicamos em Portugal. Aqui é o nosso país, a nossa casa, sair da nossa zona de conforto foi um verdadeiro desafio. Tínhamos a certeza que queríamos surpreender mas a verdade é a banda é que foi surpreendida pela reação do público ao concerto. Vê-los a saltar e a cantar connosco, valeu a pena todo o esforço. A experiência foi muito boa e agora queremos repetir para todo o mundo.

 

Hoje vão realizar a apresentação oficial do vosso álbum de estreia “Awake” aqui no palco do Carmo’81. Quais as expectativas para esta noite?

São as melhores. Estamos na nossa cidade, no Carmo’81, a apresentar o nosso álbum, em conjunto com os Ash Is A Robot, por isso só podem ser as melhores expectativas. Esperamos os amigos que fomos fazendo ao longo destes 7 anos para fazerem parte desta grande noite tão importante na nossa história.

 

Definiram o “Awake” como “um álbum com a mensagem de romper barreiras”. Que barreiras são essas?

As barreiras são os nossos medos interiores. Nós, para conseguirmos alcançar os nossos objetivos, precisamos de acreditar em nós mesmos e temos de acordar o nosso interior para nos dar força para irmos mais além. Ao ter essa consciência é isso que nos vai dar força para podermos seguir e é sobre isso que se trata este álbum. Se ouvirmos com atenção as letras aquilo que falam é sempre com a mensagem de “vai sempre em frente”, “confia sempre em ti”, “tu vais conseguir” e esta é a mensagem positiva que nós queremos transmitir a todos aqueles que gostam de nós.

 

Desde 2011 até agora, os Shutter Down têm vindo a evoluir cada vez mais. O que é que podemos esperar para o futuro?

Essa é uma bom pergunta! Nós não somos videntes para saber o futuro, não somos a Maya (risos). Mas podemos falar das vontades. Todos temos vontade de em primeiro lugar fazer com que nesta noite corra tudo bem, e dar a conhecer o nosso rock, (que é um rock diferente daquele que se faz em Portugal), ao nosso país, à Espanha, à Europa e ao mundo. Este é o nosso objetivo com este álbum. E com esta força de estar a rockar para onde quer que nós vamos, queremos arranjar energia e inspiração para compor o nosso segundo álbum.

 

Para quando o próximo álbum?

Não existe uma data definida, existem muitas ideias. A ideia agora é promover este ao máximo. Este álbum ainda não tem um ano, portanto a ideia é tocar este ao máximo possível e apresenta-lo ao maior número de pessoas possível. Isto não impede de irmos compondo músicas ao longo desse processo, e é esse trabalho que vamos executar agora. Apesar de já termos várias ideias para músicas novas, ainda não há uma data especifica, talvez em 2018 seja impossível. Quem sabe 2019 ou 2020.

 

Entrevista: Daniela Parente

Imagens: V23:32V

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