Jerónimo de Sousa, o líder comunista
Jerónimo Carvalho Sousa. É este o nome do carismático líder do Partido Comunista Português (PCP), em exercício de funções há 18 anos, depois de suceder no cargo a Carlos Carvalhas.
Nascido a 13 de abril de 1947, na aldeia de Pirescoxe, concelho de Loures, onde ainda hoje vive, Jerónimo de Sousa, de 70 anos, foi um operário metalúrgico.
“Nós acompanhamos e empenhamo-nos no vasto movimento antiglobalização capitalista, na luta contra o neoliberalismo e a guerra, respeitando e estimulando a sua diversidade. Mas julgamos que a existência e participação de Partidos Comunistas, de Partidos de classe, nesse vasto movimento não é só um bem para estes partidos mas um bem para a esquerda e para as forças progressistas que o integram, na medida em que consideramos que a questão da luta de classes continua a ser a grande questão da nossa época contemporânea”. A afirmação é do próprio Jerónimo de Sousa, aquando do XVII Congresso do PCP, e mostra bem o espírito do partido dentro do panorama político português, mas também os ideais do líder comunista.
Mais recentemente, o secretário-geral do PCP proferiu num discurso, que marcava as celebrações dos 100 anos da Revolução de Outubro na Rússia, que o mundo está pior sem a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e que esta teve um “inquestionável papel de força motriz de progresso e da paz a nível mundial”.
Em 2016, Jerónimo de Sousa afirmou que o futuro do PCP está garantido, mas que os objetivos provavelmente só serão alcançados daqui a uns anos. ““A concretização do fascinante projeto e objetivo por que lutamos, esse sonho milenar do ser humano de se libertar da exploração por outro homem, o projeto e ideal que nos trouxe a este Partido, possivelmente só será materializado para além das nossas vidas”.
Texto: Jorge Tavares
Imagem: Wikipedia