“Mais do mesmo”. Crise política leva a novas eleições
As eleições legislativas, antecipadas de 2025, para a Assembleia da República Portuguesa, terão lugar a 18 de maio de 2025, para eleger a XVII Legislatura da Terceira República Portuguesa.
Por: João Amaral e Renato Rodrigues
As eleições legislativas, que deveriam ocorrer apenas em 2028, terão lugar neste Domingo, dia 18 de maio de 2025, tendo sido antecipadas em mais de três anos face ao término normal da legislatura, devido à queda do Governo no dia 11 de março de 2025, após a rejeição da moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no Parlamento com 137 votos contra e apenas 87 a favor.
Mais de um ano depois das últimas eleições antecipadas, e perante esta situação, o #dacomunicação saiu à rua para ouvir as opiniões dos viseenses e aquilo que eles manifestam.
Gabriel Lopes, estudante de 20 anos, do curso de Comunicação Social da Escola Superior de Educação de Viseu, diz ter acompanhado as campanhas eleitorais e adjetiva-as como sendo “mais do mesmo”, pois segundo o estudante, os políticos prometem para não fazer. Quando questionado sobre se existe algum partido ou candidato em que mais confie, Gabriel Lopes responde não ser uma pessoa partidária, antes pelo contrário.
Gabriel Lopes vê o direito ao voto como um dever cívico, e votar transmite lhe um alivio de consciência por saber que fez algo por viver num país melhor.
Quem também vai exercer o seu direito de voto, é Antónia Gomes, empregada de uma loja de cosmética, de 51 anos, descreve tanto os debates políticos e o Parlamento como sendo “uma feira”, pois vê os políticos como mal educados e corruptos.
Ao contrário de Antónia Gomes, o seu irmão, Manuel Gomes, pintor de construção civil, de 57 anos, concorda em discordar com a opinião de sua irmã, apelando o voto no partido CHEGA, e explica, indignado, o porquê que André Ventura deveria ter uma maior influência na assembleia.
Num ambiente em que o descrédito convive com a esperança de mudança, o ato de votar permanece, para muitos, como um gesto de responsabilidade e desejo por um país melhor.