Greve da função pública. “Os motivos são mais do que válidos”
Os trabalhadores da função pública estão em greve entre quarta e sexta feira, paralisando os setores de todo o país. Esta paralisação ocorre em hospitais, escolas e serviços de atendimento. Os trabalhadores reivindicam os aumentos salariais, valorização das carreiras e condições laborais.
Por: Ana Margarida Teles e Constança Almeida
Nas ruas de Viseu as opiniões dividem-se. Manuel dos Prazeres Lopes, reformado afirma que “existem poucos professores para muitos alunos”, sendo que os professores são mal pagos e deviam ser mais valorizados.
A professora reformada Maria Oliveira defende os direitos dos trabalhadores da função pública, pois já sentiu na pele o que é ser desvalorizada em 41 anos de ensino devido ao congelamento da carreira. Maria Oliveira afirma que os motivos da greve “são mais do que válidos”, mas Ana Paula Martins, doméstica, discorda, pois ao não trabalhar não sente a greve da mesma forma.
Alguns viseenses têm a opinião de que fazer greve é um direito de todos, pois “lutam pelos seus interesses”, afirma Bernardo Lemos, reformado. Por outro lado, os motivos da greve pelos professores têm outro impacto. “Valorizar mais a carreira acho bem, porque os professores nesse aspeto foram denegridos pela sociedade e até pelo próprio ministério da educação e pelos diretores das escolas. Nesse sentido, acho que se tem de valorizar, porque para o futuro nós precisamos de professores”, declara Maria Almeida, professora reformada.
A greve está a ser sentida em várias cidades e acontece num contexto de negociações difíceis com o governo, que os sindicatos consideram insuficientes para responder às suas exigências.
A adesão está a ser significativa, com protestos e manifestações em várias cidades, mas o impacto desta greve não é sentido por todos os viseenses da mesma forma.
