Psicólogo desportivo do Sporting diz que “somos do tamanho da nossa vontade”

“Somos do tamanho da nossa vontade”, é esta a frase inspiradora e a crença de Iury Leal, que surgiu há 10 anos quando realizava o seu estágio curricular no Sporting nos sub-20 de futsal. Na final da taça da Associação de Futebol de Lisboa quando chegou ao balneário, o treinador tinha escrito essa frase na parede.

Texto: Afonso Ferreira (aluno do 1º ano de Comunicação Social) / Foto:

Iury Leal é psicólogo do Desporto e Performance no Sporting Clube de Portugal e afirma que esse seu gosto pela psicologia surgiu numa altura que se falava muito em mind games, assunto no qual José Mourinho era um mestre na comunicação e Iury queria perceber como se trabalhava o jogo psicológico/mental no futebol que era o desporto que praticava na altura.

Licenciado em Coimbra, sempre quis a parte desportiva da psicologia e não psicologia de clínica, defendendo que dentro das quatro componentes, “técnica, tática, física e mental”, a psicologia entra na quarta e cada vez está a ganhar mais importância tanto no bem-estar como no rendimento desportivo do jogador.

Iury Leal começou a sua carreira de psicologia no Benfica, mas afirma que “foi nas dinâmicas mais perto da terra natal” que mais cresceu, pois não tinha as ferramentas necessárias para trabalhar com os jogadores, dando assim muita importância ao desafio a seguir ao Benfica, no Viseu 2001 Futsal que, na altura, lutava pela 1ª divisão e em simultâneo na formação do Clube Desportivo Tondela que lutava em todas as fases de apuramento de campeão.

“Sentia que tinha que fazer mais e queria melhorar”, diz após aceitar a proposta para o Sporting, clube que ele mais se identificava devido à resiliência e objetivos pessoais, mas também devido ao valorizado processo formativo que o clube tem.

O psicólogo fala também do orgulho que sente ao ver jogadores com quem trabalha a destacarem-se no futebol profissional, em grandes ligas europeias e destaca o trabalho feito de há cinco anos para cá, monitorizando e sensibilizando “todos os aspetos envolventes daquilo que é o rendimento desportivo”, não só à volta daquilo que é o jogador de futebol, mas sim a pessoa dando importância à parte mental e psicológica do jogador.

O seu novo desafio passa pelos Açores, onde está agora a desempenhar a sua profissão e usa a frase muito popular no futebol que é “o que hoje é verdade amanhã é mentira” e explica que tanto pode estar hoje nos Açores como não se importa de estar na Argentina daqui a duas semanas, a ideia é continuar sempre a trabalhar para potenciar o seu trabalho e pessoa.

Quanto à saída de Ruben Amorim e da sua equipa técnica, acredita que “vão-se superar e vão continuar a ser resilientes em busca de trabalhos”. Destaca ainda que “acima do Sporting não há mais nada” e que, neste momento, todas as pessoas desde os jogadores aos cozinheiros são importantes para continuar a lutar pelos objetivos.

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