Normal People: um clichê necessário
A série Normal People nos apresenta aos protagonistas Connel Waldron (Paul Mescal) e Marianne Sheridan (Daisy Edgar-Jones), e possui a premissa de, com uma estética mais séria e intima, entretanto, sem perder a essência da juventude e dos problemas enfrentados durante essa fase.
Por Leonardo Lira
Os dois primeiros episódios são um pouco lentos, já que o foco é em apresentar os protagonistas e desenvolver a relação deles para que seja possível nos relacionar com os mesmos.
Apesar da insistência das produtoras em escalar atores mais velhos para interpretar personagens adolescentes, a dupla principal funciona muito bem. A personagem Marianne transparece muito bem a sua personalidade, um pouco mais calada e antissocial, porém sem medo de dizer o que pensa, o que gera momentos de alívio cômico durante os episódios. Já Connel, interpretado por Paul Mescal, é um rapaz sociável e querido por todos, possui boas notas na escola e é um dos melhores esportistas de sua turma.
Mesmo com a personalidade diferente dos personagens, a química entre os dois é muito bem interpretada pelos profissionais em diversos momentos da série. Os dois, a principio, pouco se falam durante as aulas, porém com o passar do tempo vão se aproximando e percebendo como se sentem atraídos um pelo outro.
O foco dos episódios é restritamente aos dois protagonistas, portanto há pouco para se concluir com relação aos outros atores, embora também se saiam bem. A trilha sonora também não tem muito destaque, se mantém tímida e sem grandes momentos marcantes.
Contudo, Normal People é uma série que embora se agarre em alguns clichês como os protagonistas serem dois opostos que se atraem, se trata de 30 minutos que se passam rapidamente e transmitem um misto de sensações para quem assiste.
Lançada em 2020, com produção feita pela Element Picturese direção de Lenny Abrahamson e Hettie Macdonald, Normal People foi baseada na obra de mesmo nome, escrita pela autora Sally Rooney.