Lar da Misericórdia de Viseu: uma situação de sucesso sem registar casos de Covid-19
A Santa Casa da Misericórdia de Viseu retoma visitas nos lares de idosos depois de dois meses de confinamento, sem registar qualquer caso positivo de Covid-19. A Residência Rainha D. Leonor, em Viseu, procurou reforçar as medidas de prevenção e de segurança para que colaboradores e utentes estivessem mais protegidos.
Por Luís Silva
O lar de idosos oferece aos seus utentes um plano de atividades diverso. Sessões de ginástica e de leitura, grupos de animação e cinema são algumas das práticas semanais desta instituição. Mafalda Vasconcelos, diretora técnica da Residência, sublinha ainda a importância do “Café Memória”, um projeto da Escola Superior de Educação de Viseu que se realiza ao quarto sábado de cada mês. “Não é só para a Residência, é para toda a população, só que quem adere mais são as pessoas que estão institucionalizadas, ou seja, aqui na Residência e no Lar de S. Caetano. Eles têm sempre um tema e depois vão pedindo a participação dos utentes”, esclarece.
Face ao período de pandemia que estamos a atravessar, as medidas de prevenção, na Residência, foram reforçadas. As principais normas adotadas foram o uso obrigatório de equipamentos de proteção individual, uma maior importância das regras respiratórias e uma lavagem de mãos com maior frequência.
Mafalda Vasconcelos, refere, ainda, que, as colaboradoras “são bastante conscienciosas”, em relação à gravidade da situação, e tentam tomar todos os cuidados possíveis. O mesmo acontece com os utentes. “No fundo, eu acho que eles chegam a esta idade e também não querem é morrer”, completa a diretora técnica da Residência.
Com 123 lares na região Centro a registarem casos positivos de Covid-19, desde o início da pandemia, Mafalda Vasconcelos explica, no áudio que anexamos em cima, que a Residência Rainha D. Leonor assinala apenas um caso falso-positivo.
Apesar de admitir a falta de preparação para a pandemia de Covid-19, Mafalda Vasconcelos declara que, perante a corrida aos equipamentos de proteção individual, a Residência nunca teve falta deste tipo de materiais. “No início foi mais complicado. Foi uma corrida grande, foi preciso contactar muitos fornecedores habituais e não habituais. E não devemos esquecer que aquilo que havia era a preços exorbitantes”, finaliza.
Dos 50 lares de idosos da região Centro que ainda registam casos positivos de Covid-19, a Residência Rainha D. Leonor, em Viseu, continua sem assinalar qualquer caso.