Politécnico de Viseu e Instituto Piaget querem qualificar e fixar jovens na região
“A missão do Politécnico de Viseu (PV) é ser relevante para a região onde se encontra: Viseu e Lamego”, foram as declarações iniciais de João Monney Paiva, sobre o papel da instituição na criação, conjuntamente com o Instituto Piaget (IP), de uma rede de colaboração entre 35 entidades ligadas ao ensino profissional.
O presidente do Politécnico de Viseu falava na cerimónia que oficializou a PEPER – Promoção do Ensino Profissional em Rede, que decorreu no Auditório da ESTGV – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu do PV, no passado dia 11 de novembro. Na sessão, que contou com a presença dos representantes das entidades protocoladas, estiveram ainda Teresa Panteleichouk, vice-presidente do Instituto Piaget Viseu; os presidentes das comunidades intermunicipais parceiras — Rogério Mota Abrantes (CIM Viseu Dão Lafões) e Carlos Silva Santiago (CIM Douro); Cristina Oliveira, Delegada Regional de Educação da Região Centro – Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, e Marta Rodrigues, Diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu.
Paulo Costeira, pró-presidente para a Promoção Académica do IPV, anunciou a PEPER como um quadro de cooperação institucional, amplo e efetivo, para valorizar o ensino profissional, e desenvolver um trabalho em rede com vários agentes que, de uma forma mais próxima e permanente, podem estabelecer condições para a continuidade dos estudos no ensino superior. A formalização desta cooperação entre instituições distribuídas por 19 concelhos e pertencentes a duas comunidades intermunicipais (Viseu Dão Lafões e Douro) irá ajudar a operacionalizar no terreno, os grandes objetivos desta Rede.
Trata-se de uma rede que envolve um conjunto de 35 escolas (17 agrupamentos de escolas, 10 escolas profissionais, três escolas secundárias e cinco escolas superiores — quatro do Politécnico e uma do Piaget) que, conforme sublinhou o presidente do Politécnico de Viseu, responderá à “necessidade do território fixar os seus jovens”, ”contribuindo para que os alunos provenientes dos cursos profissionais prossigam estudos no ensino superior e desse modo haja um aumento do número de cidadãos com qualificações superiores”, num modelo em que “toda a região se articula de modo a ser capaz de dar resposta a todos os jovens” e “captar esse manancial para a região”.
As expectativas de um bom resultado deste esforço, que envolve as duas instituições de ensino superior proponentes e restantes entidades que passaram a integrar a rede PEPER, cooperando e contribuindo para o enquadramento dos jovens no mercado de trabalho esteve patente em todas as declarações dos presentes. Teresa Panteleichouk, destacou na rede que agora dá os primeiros passos a aposta da capacidade conjunta das duas instituições, Politécnico de Viseu (PV) e Instituto Piaget (IP), comprometendo-se “para o sucesso da mesma, através da sua Escola Superior de Saúde, com a formação de técnicos intermédios, com percursos formativos ajustados”.
Os responsáveis da CIM presentes valorizaram a importância que este protocolo representa tanto para formação de técnicos intermédios, como para a possibilidade de prossecução dos alunos para o ensino superior, como salientou Rogério Mota Abrantes, presidente da CIM Viseu Dão Lafões. Apelidando a rede agora criada como uma “fileira da formação”, o presidente da CIM Douro, Carlos Silva Santiago, frisou a necessidade de ajudar a “fixar jovens capacitados”, destacando a importância da formação e da cultura nos “territórios de baixa densidade”.
A Delegada Regional de Educação da Região Centro, Cristina Oliveira, falou da grande aposta que tem sido feita na formação profissional, nos últimos 25 anos, e que foi “fundamental para a fixação jovem”, considerando que a criação desta rede é um “trabalho de fundo que se afigura fundamental” para o ingresso dos jovens do ensino profissional no ensino superior.
Marta Rodrigues, do Centro de Emprego e Formação Profissional de Viseu, considerou que para contrariar o ensino profissional como uma segunda escolha “cabe-nos, a nós, desenvolver estratégias” para inverter a situação, indicando dois percursos possíveis para estes jovens: “ingressar no mercado de trabalho ou ingressar no ensino superior, uma formação que poderá ser uma mais valia para o seu percurso”.
Instituições de ensino da Rede PEPER: Politécnico de Viseu, Instituto Piaget, Comunidade Intermunicipal Dão Lafões, Comunidade Intermunicipal do Douro, Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim, Agrupamento de Escolas de Castro Daire, Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal, Agrupamento de Escolas Latino Coelho (Lamego), Agrupamento Escolas de Mangualde, Agrupamento de Escolas Miguel Torga (Sabrosa), Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus (Vila Real), Agrupamento de Escolas de Nelas, Agrupamento de Escolas de Oliveira Frades, Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo, Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão, Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul, Agrupamento de Escolas do Sátão, Agrupamento Escolas de Tondela – Cândido Figueiredo, Agrupamento Escolas de Tondela – Tomaz Ribeiro, Agrupamento Escolas de Vila Nova de Paiva, Escola de Hotelaria e Turismo do Douro (Lamego), Escola Profissional de Carvalhais, Escola Profissional Fundação D. Mariana Seixas (Viseu), Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo (Godim), Escola Profissional de Murça, Escola Profissional Nervir (Vila Real), Escola Profissional Profitecla (Viseu), Escola Profissional de Tondela, Escola Profissional de Torredeita, Escola Profissional de Vouzela, Escola Secundária Emídio Navarro (Viseu), Escola Secundária São Pedro (Vila Real), Escola Secundária de Viriato (Viseu) e Instituto de Emprego e Formação Profissional de Viseu.