Investidos 750 mil euros em eficiência energética no Bairro da Balsa

Candidatura da Habisolvis a fundos europeus resultará numa melhoria energético-ambiental no bairro social. São abrangidos pela intervenção 76 apartamentos

O Executivo Municipal de Viseu aprovou esta sexta-feira, 17 de maio, um contrato-programa com a Habisolvis para a implementação de soluções que permitam a redução do consumo energético e consequente emissão de co2 em frações do Bairro da Balsa.

Este contrato-programa resulta de uma candidatura da empresa municipal de habitação e ação social de Viseu a fundos europeus, no âmbito da ‘Utilização racional de energia e eficiência energética ambiental em bairros sociais’.

A candidatura mereceu parecer positivo do Programa Operacional Regional do Centro e prevê um investimento global de 750 mil euros. Deste montante, o Município de Viseu assegura a contrapartida nacional em cerca de 222 mil euros.

O restante investimento é financiado por fundos europeus no âmbito da ‘Utilização racional de energia e eficiência energética ambiental em bairros sociais’.

Da intervenção em três blocos habitacionais do bairro social da Balsa – num total de 76 apartamentos – está prevista a aplicação de revestimento exterior em capoto nas fachadas dos prédios, bem como a substituição de caixilharias por soluções de maior eficiência energética.

A melhoria das condições habitacionais traduzir-se-á num aumento efetivo do conforto e qualidade de vida dos cidadãos que residem nos bairros sociais de Viseu.

Construído em 1986, o Bairro da Balsa é constituído por seis blocos habitacionais. A intervenção que agora será realizada apenas incide naqueles em que o Município é proprietário da totalidade das frações, ou seja, três.

Nos outros três prédios, em que predominam frações detidas por privados, o Município apenas detém sete apartamentos, que serão também sujeitos a substituição de caixilharias, mas no âmbito de outra empreitada.

A Habisolvis é detida a 100% pelo Município de Viseu e tem como missão a promoção do desenvolvimento local e regional, nomeadamente a promoção e gestão de imóveis de habitação social, assegurando a sua viabilidade económica e o equilíbrio financeiro.

Quase 1 milhão de euros para entidades desportivos

O Executivo Municipal de Viseu aprovou esta sexta-feira, 17 de maio, um conjunto de Contratos-Programa de Desenvolvimento Desportivo, cuja despesa de referência é superior a 1,8 milhões euros, dos quais o Município comparticipará cerca de 900 mil euros.

Foram aprovados nesta reunião do Executivo contratos-programa com 14 entidades, na sequência das candidaturas submetidas no âmbito do Programa de Apoio ao Desporto e à Atividade Física.

“A Câmara de Viseu é das que mais investe no apoio aos seus clubes desportivos. Apostamos muito no Desporto e reforçámos o nível de apoios”, garante o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, que destaca a “estabilidade de políticas” nesta área como fator primordial da “dinâmica e organização” que as instituições desportivas revelam.

Estruturado em 3 eixos de apoio (Desporto e Atividade Física; Formação e Organização de Eventos e Atividade Pontuais; e Modernização e Autonomia Associativa) e 17 medidas, este novo Programa reflete a nova visão do Município ao nível da promoção da Atividade Física junto da população, vertida nas medidas de incentivo à criação de novos projetos dirigidos a 95% da população que não está abrangida pelo Desporto Federado.

Reforça, assim, o apoio a projetos e eventos na área do desporto adaptado e inclusão ativa, ou seja, pretende valorizar a dimensão social do Desporto junto das minorias e, em simultâneo, alarga as oportunidades de acesso à prática desportiva.

Linha Revitalizar do VISEU CULTURA apoia 21 projetos

Foi também aprovado pelo Executivo Municipal o projeto de decisão da Linha Revitalizar, do programa municipal VISEU CULTURA, no valor de 152 mil euros, proposto pelo júri do concurso.

Nesta edição, a linha de apoio municipal trouxe diversas novidades, no contexto do plano de ação “Viseu 2019, Destino de Gastronomia”. Entre eles, o apoio à organização da “Academia da Broa de Vildemoinhos”, a recuperação de um antigo lagar de azeite tradicional em Torredeita e de um moinho em Silgueiros, um projeto de promoção da reinterpretação de pratos tradicionais com o Chef Diogo Rocha

Os apoios visados incluem ainda o financiamento municipal à organização das Cavalhadas de Vildemoinhos e das Cavalhadas de Teivas, com valores de 20 mil e 15 mil euros, respetivamente.

Na lista das candidaturas com pontuação superior encontram-se ainda diversos projetos de revitalização e re-equipamento de ranchos folclóricos do concelho, assim como de serviços educativos da cultura popular.

No total são apoiados 21 projetos, nos domínios do património tradicional imaterial e da cultura popular, tendo em vista a sua revitalização e renovação.

Globalmente, o Município de Viseu aloca um montante anual de cerca de 1,2 milhões de euros para apoio a projetos culturais independentes, repartidos por quatro linhas de apoio e o projeto do Teatro Viriato.

Painel de Azulejos do Rossio de “Interesse Municipal”

O Executivo Municipal aprovou ainda a proposta de classificação do Painel de Azulejos do Rossio.

Esta aprovação final da classificação do Painel, inaugurado a 13 de dezembro de 1931, como “Património de Interesse Municipal” é o culminar de um processo de reconhecimento, salvaguarda e proteção iniciado há um ano pelo Município de Viseu, e que foi sujeito com sucesso ao crivo legal devido. Esta proteção legal reforça as garantias de salvaguarda deste importante património cultural de Viseu, isenta de qualquer arbitrariedade.

O Painel de Azulejos do Rossio constitui hoje, e desde há muito, um dos mais importantes ícones de Viseu. Ocupa, assim, um lugar marcante e insubstituível na paisagem urbana e na representação imagética e simbólica da “cidade-jardim” e do Rossio (em que se insere), das tradições da Beira Alta e da cidade da Feira de São Mateus. Se no plano urbanístico adquiriu forte singularidade paisagística, nos planos identitário e turístico conquistou o estatuto de um símbolo.

Assinada por um dos mais reputados nomes da primeira geração de artistas modernistas portugueses, o pintor portuense Joaquim Lopes, a obra configura a criação de maior dimensão do seu autor, uma das mais marcantes e notáveis criações de arte pública em mural azulejar do seu período e, simultaneamente, um património que testemunha um momento histórico de reforma urbanística e estética de Viseu cidade moderna, mas também uma consciência à época de um discurso de autorrepresentação, inspirada por um nome maior da história local: o Capitão Almeida Moreira, fundador e diretor do Museu Grão Vasco, administrador-delegado da Comissão de Iniciativa e Turismo de Viseu, Vereador da Câmara, professor, mecenas de artes e, ele próprio, artista.

Município já detém 100% da Viseu Novo SRU

Através do Decreto-Lei 109/2018 de 4 de dezembro, o Governo concretizou a saída do IHRU do capital social das Sociedades de Reabilitação Urbana de Viseu e do Porto.

No caso de Viseu, o Município, por força desse Decreto-Lei, passou a deter 100% do capital social da SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu, adquirindo os 45% detidos pelo IHRU, pelo valor de 4.500 euros.

Fruto dessa nova realidade, a Viseu Novo SRU elaborou e submeteu a alteração dos estatutos, que foram aprovados pela Assembleia Municipal no passado dia 26 de abril.

Essa alteração estatutária levou à recomposição dos órgãos sociais, que agora foram aprovados pelo Executivo Municipal.

Assim, passa a integrar o Conselho de Administração da Viseu Novo SRU a Vereadora do Urbanismo e Ambiente, Conceição Azevedo – que assume o lugar da representante do IHRU -, que assim se junta ao presidente da Câmara, Almeida Henriques, e ao gestor do Centro Histórico, Fernando Marques.

Já o vereador da Cultura e Turismo, Jorge Sobrado, presidirá à Assembleia Geral, sendo vice-presidente o vereador da Mobilidade e Freguesias, João Paulo Gouveia.

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