Uma tarde com as línguas estrangeiras

A Escola Superior de Educação de Viseu (ESEV) acolheu esta terça-feira, dia 14 de março, “Uma tarde com as Línguas Estrangeiras: elogio da diversidade linguística”. O evento foi organizado pela área disciplinar das Línguas Estrangeiras e decorreu no auditório da escola.

A conferência contou com a presença dos professores da ESEV Jorge Adolfo, Véronique Delplancq, Susana Relvas, Susana Fidalgo e Ana Maria Costa.

Susana Relvas iniciou a primeira parte da sessão. A professora sublinhou o fim dos impérios, as democracias e a globalização como principais fenómenos que foram desenvolvidos durante o século XX e que trouxeram consigo o desenvolvimento e o respeito pelas línguas. “Com o fim dos impérios assistimos a necessidades novas, a línguas que se afirmam ou que estavam até aí esquecidas”, afirmou. No seguinte processo, Susana Relvas explicou que “as democracias permitem reconhecer certas línguas que acabam por ser faladas em escolas e também em canais de televisão”. O último fator fundamental para a mudança de mentalidades relativamente às línguas, segundo a docente, “foi a globalização, que é um conceito contraditório. De um lado heterogéneo e do outro lado homogéneo”, salientou.

De acordo com Susana Relvas, quando se fala de aprendizagens das línguas “a aquisição de competências linguísticas é o ponto mais importante”. Nesta aprendizagem estão presentes benefícios intelectuais que “desenvolvem o intelectual ético e estético” e benefícios sociais que “transmitem valores com que as pessoas se podem identificar”.

“É importante referir que a aprendizagem das línguas estrangeiras desenvolvem a capacidade e agilidade mental”, rematou a conferencista.

Susana Fidalgo abriu a segunda parte da conferência com a temática “Como aprender as línguas estrangeiras: a aprendizagem ao longo da vida”. A docente destacou aspetos que considera importantes neste contexto, como a aprendizagem ao longo da vida. “Normalmente as pessoas associam o conceito de aprendizagem ao conhecimento factual. Mas reparem que o processo de aprendizagem é muito mais amplo, porque aprendizagem implica mudança e esta mudança leva exatamente a alterações nos nossos conhecimentos e nos nossos comportamentos”, disse. A professora acrescentou que “ a aprendizagem é também um sinónimo de adaptação porque é através dela que nós podemos dar respostas aos nossos problemas e superar desafios que nos surgem ao longo da vida”.

Passando para a relevância da educação e formação ao longo da vida, Susana Fidalgo afirmou que “é uma necessidade de todos os cidadãos”, justificando que “permite desenvolver aptidões e competências tendo em vista não só a realização pessoal e a capacidade de participar ativamente na sociedade, mas também no sucesso de um mundo em constante mudança”.

Com a adaptação das pessoas na sociedade atual, Susana Fidalgo falou ainda de uma “maior abertura e mobilidade profissional, novos valores no mercado de trabalho” isto é “mobilidade, flexibilidade, poder de iniciativa e trabalho de equipa”.

 

Texto e imagens: Ana Catarina Machado

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