Relações Públicas, lobbying e ativismo no X Congresso da Sopcom

No primeiro dia do X Congresso da Sopcom, um dos temas discutidos foi “Relações Públicas, lobbying e ativismo”, numa sessão que decorreu na Sala dos Atos do Instituto Politécnico de Viseu. Filipa Subtil, da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, moderou a sessão, onde participaram Sandra Pereira e Luísa Borges; João Simão; Pedro Pinto de Oliveira; Ana Teresa Peixinho e Bruno Araújo e Teresa Martins.

As oradoras Sandra Ferreira e Luísa Borges, cujo caso de estudo se denomina “Relações Públicas na política: o caso das Secretarias-Gerais”, têm como objetivo descrever a atividade de relações públicas no governo e, também, traçar e perceber até onde podem atuar. As autoras realizaram 12 questionários às secretarias-gerais que apoiam os gabinetes ministeriais, dirigidos às unidades orgânicas com atribuições na área das relações públicas.

João Simão, por sua vez, falou sobre a regulamentação do lobbying. “Política e comunicação encontram-se intensamente ligadas, não enquanto sinónimos, mas sim enquanto conceitos complementares”,  afirmou o orador, referindo-se  ao lobbying como um processo de diálogo entre os profissionais. Visto que em Portugal esta atividade ainda não é regulamentada, no seu estudo, João Simão tenta perceber como é que alguém pode ser considerado trabalhador desta área.

Bruno Araújo e Ana Teresa Peixinho levaram à SOPCOM o projeto, assente na narrativa da desconfiança na política: a figuração política. Uma das metodologias utilizadas neste projeto foi a análise do filme O candidato honesto, onde a personagem principal é candidato ao partido da ética democrática nacional. A película foi exibida na altura das eleições no Brasil e serve para perceber até que ponto uma pessoa pode ser sincera enquanto concorre nas eleições.

 

Texto: Marisa Azevedo

Imagem: Inês Loureiro

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