Em dia de dilúvio, a bênção caiu sobre os Viriatos

Nos bancos um reencontro histórico. Mais de 100 jogos realizados como colegas de equipa entre Jorge Costa e António Folha. No relvado, a intensidade e a imprevisibilidade foram a nota dominante na vitória justa, mas tardia, do Académico perante o Porto B, por 2-1. Nota para o relvado do Municipal, que se encontrava no mínimo, num estado lastimável.

Por Bianca Leão

Nada diferente do esperado

Os azuis e brancos entraram no encontro a mostrar mais velocidade no seu jogo. O Académico não conseguia ter cadência nos passes e isso deu algum conforto ao Porto nos primeiros instantes de jogo. A partir dos 10 minutos e através de cruzamentos os viseenses começaram a chegar com perigo ao terço defensivo dos forasteiros.

A posse estava do lado dos vestidos de negro, com os jovens dragões a apostar num jogo mais direto. Apesar de comandar o jogo, os viseenses não conseguiram nenhuma ocasião digna de golo, com nota de destaque para Quizera e Milioransa que a espaços efetuaram remates que deixaram algum alerta. A primeira parte da partida terminou com um empate a zero, que se justificava, perante o equilíbrio demonstrado.

3,2,1… Ação!

Muita chuva esperava os jogadores na volta das cabinas. Regresso esse que quase contou de imediato com o golo do Porto B.  Marcus corria para o sucesso, mas Milioransa tirou o pão da boca ao extremo portista, na pequena área, com um grande corte. No minuto seguinte, o Académico inaugurou o marcador aos 49’.  Famana com um remate cheio de intenção na entrada da área abriu o placar.

Após este tento academista o jogo amorneceu. O golo desanimou a turma do Porto e os beirões seguravam o jogo. Tirando aquele lance com Marcus isolado, até aos 65’, por muita competência do Académico, o Porto ainda não tinha criado mais nenhuma oportunidade de realce nesta segunda parte.

Entre os 62’ e os 72’, o Académico viu-lhe ser negada uma grande penalidade sobre Milioransa, e um golo, que foi anulado por suposto fora de jogo de Ott. Foi após esse tento invalidado que o jogo virou uma verdadeira batalha campal, dentro e fora do campo.

No minuto 74’ uma grande penalidade foi assinalada a favor do FC Porto, que acabaria a ser desperdiçada por Zé Pedro. Pouco depois, decorria o minuto 78’, e os nortenhos chegaram mesmo ao empate. Muitos ressaltos dentro da área viseense, após um canto, com João Marcelo a picar a bola por cima de Grill. Os festejos do golo criaram atrito entre os jogadores de ambos os lados, com o capitão portista a beijar o símbolo em direção aos adeptos do Académico.

Os ânimos ainda estavam exaltados quando foi assinalado de novo penalty, mas desta vez para a formação da casa. Clóvis queria devolver a vantagem para a sua equipa, mas Runje com uma grande estirada, defendeu. Os adeptos desesperavam com esta perdida, mas aos 88’ o Fontelo veio abaixo. O golo da vitória viseense chegou. Frango do mesmo Runje após cruzamento de Ramirez.

Até final, Rodrigo Pinheiro foi expulso por acumulação de amarelos e Marcus seguiu o “exemplo” com um vermelho direto, após uma conduta anti desportiva e violenta sobre Rafael Bandeira. Pouco depois o árbitro Artur Soares Dias apitou para o final, com os 822 espetadores presentes no Fontelo a festejarem em comunhão com a equipa esta sofrida vitória.

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Já lá vão 17 jogos sem perder para o Académico, com esta a ser a quinta vitória consecutiva. Subiu deste modo à terceira posição do campeonato, isolado com 26 pontos, e espera assim para ver o que o Estrela da Amadora vai fazer na receção ao Trofense. Segue-se para os viriatos o encontro a contar para a Taça de Portugal, quarta-feira (11), frente ao Beira-Mar

Depois da vitória por 4-0 contra o Farense, o Porto B regressou novamente às derrotas. Os azuis e brancos mantêm-se assim no sexto lugar da competição, somando 22 pontos. O próximo jogo dos dragões irá ser no próximo Domingo (15), frente ao Tondela.

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