ZunZum sobe a palco com “Teatro de Operações”
Nos próximos dias 25, 26 e 27 de março, a Associação Cultural ZunZum estreia a sua nova peça teatral chamada “Teatro de Operações”, inserida no projeto “ComUnidade”.
Por Cristiana Domingues e João Martins
Esta encenação terá lugar na sede dos Bombeiros Voluntários de Viseu, na celebração dos 136 anos da Associação Humanitária. A entrada tem um valor simbólico de 2,5€ revertendo para a corporação viseense. O projeto está na sua 10ª edição e desta vez procura retratar as memórias, quer das pessoas que “viveram” no quartel, quer dos bombeiros de Viseu.
A ZunZum é uma associação sem fins lucrativos criada em 2007 e surgiu de um grupo de amigos. O espetáculo vai decorrer com “várias coincidências”, no dia 25 faz 136 anos de existência de bombeiros voluntários de Viseu e no dia 27 é o Dia Mundial do Teatro e a comemoração da construção do edifício. Estas datas foram escolhidas aleatoriamente, no entanto “há aqui várias datas que coincidem tanto para nós como para eles” e são “motivos de comemorar, portanto, é especial”.
Márcia Leite, mestre em artes performativas na Escola Superior de Educação de Viseu e uma das quatro diretoras artísticas do Projeto ComUnidade, esclarece que o nome ZunZum “surge do jogo de brincar com as palavras, pois é um nome que fica, fazer ZunZum, fazer burburinho, fazer mexer”.
“Eduardinha”, o membro mais experiente do grupo, atriz e criadora de conteúdos, vivenciou grandes momentos na sede da associação. “Noutros tempos passaram-se aqui domingos gratificantes, em todos os sentidos. Neste espaço mesmo, faziam-se aqui belíssimos bailes, com muito respeito”, relembra.
As memórias são o tema visado para a realização do espetáculo no antigo quartel dos Bombeiros Voluntários de Viseu. “O espaço remete-nos para as memórias, é aqui que trabalhamos, é aqui que ensaiamos, era interessante cruzar as nossas memórias com este lugar, então contactámos os bombeiros, são eles os nossos parceiros, afirma Maria Eduarda.
Neste projeto contam com a presença de 11 elementos, entre eles Filipa Frois, também diretora artística e encenadora da peça de teatro. Durante a conversa, Márcia Leite contou a história de que foi dentro da associação que Filipa Frois descobriu a sua paixão a nível teatral, o que a levou a seguir este caminho a nível académico. No fim do curso, juntou-se novamente ao grupo, mas desta vez em contexto profissional. Com um percurso muito impactante na sua vida, define teatro numa palavra, “heterogeneidade”, que reúne com os pontos principais do projeto, abraçar a cultura e as artes com e para todos.
