Acordos de instalação de espaços de teletrabalho assinados em Vouzela
No dia 30 de abril, Vouzela acolheu a cerimónia de assinatura dos acordos de cooperação para a instalação de espaços de teletrabalho/coworking no interior. Esta foi uma rede criada pelos Ministério da Coesão Territorial e pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Por Luís Silva
Os espaços de coworking para além de serem dinamizadores dos territórios do interior do país, facilitam a fixação de pessoas e empresas e, consequentemente, contribuem para a diminuição da necessidade de deslocações e da pegada carbónica. A melhoria da qualidade vida das populações do interior e a promoção da compatibilidade de vida pessoal e profissional também foram aspetos alvo discutidos nesta sessão.
A cerimónia ficou marcada pela presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial; Miguel Cabrita, Secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional; Isabel Ferreira, Secretária de Estado da Valorização do Interior; António Leite, vice-presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP); Jorge Brandão, Vogal do Centro 2020; e os presidentes das comunidades intermunicipais e os presidentes de câmaras dos concelhos que integram o projeto na zona centro.
Em comunicado, o município de Vouzela confirma que “foram celebrados acordos de cooperação para a instalação de espaços de teletrabalho nos concelhos de Abrantes, Aguiar da Beira, Alvaiázere, Ansião, Carregal do Sal, Castelo Branco, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Góis, Idanha-a-Nova, Mação, Oliveira do Hospital, Ourém, Penamacor, Penela, Proença-a-Nova, Sátão, Santa Comba Dão, Sever do Vouga, Vila de Rei, Vila Nova da Barquinha e Vouzela”.
O presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Rui Ladeira, considera que a criação deste tipo de espaços de teletrabalho/coworking “constitui verdadeiras plataformas de dinamização dos territórios, facilitando a fixação e atração de pessoas e empresas”.
No concelho de Vouzela, o projeto é dinamizado pela “Incubadora de Empresas do Município de Vouzela”, também designada de C@deia, em parceria com a Associação Empresarial de Lafões. O espaço de teletrabalho/coworking foi inaugurado em 2017 e, segundo Rui Ladeira, “das empresas que passaram por esta incubadora, cerca de 14 tiveram e têm hoje sucessos muito relevantes, algumas delas cresceram e instalaram-se nos nossos parques industriais e contribuem objetivamente para a economia local e nacional, com postos de trabalho e volume de negócio considerável”, confirma.
A ministra da Coesão Territorial reconheceu o esforço levado a cabo pelos autarcas presentes na dinamização dos seus respetivos territórios. Ana Abrunhosa sublinhou ainda que esta rede de teletrabalhos surgiu “prioritariamente para o interior” do país e para criar nesses territórios “locais de trabalho mais qualificados e de mais empresas inovadoras”.
O aumento do teletrabalho motivado pela pandemia permitiu perceber que “é possível trabalhar fora do escritório, com mais conforto, mais calma, mais segurança e mais qualidade de vida e mais tempo para a família”, admite a ministra.
O governo português prevê a abertura, até ao final de junho deste ano, de 25 espaços na Região Centro e cerca de 50 a nível nacional.