Viseu Cultura dá luz verde a 16 projetos de programação cultural para 2021
75 por cento do orçamento total do programa para o próximo ano estão já comprometidos. Decisão segue fase de audiência prévia
A Câmara Municipal de Viseu aprovou esta quarta-feira, 23 de Dezembro, o projeto de decisão da linha “Programar” do VISEU CULTURA, o instrumento criado para financiamento à cultura independente no concelho, para o ano de 2021.
Do projeto de decisão constam 16 projetos para execução em 2021, num montante global de financiamento municipal previsto de 450 mil euros. Dessa lista, sete candidaturas são inéditas e 11 novas edições de projetos anteriormente apoiados.
Entre os promotores com novos projetos de programação cultural contam-se a Amarelo Silvestre, o Teatro Montemuro, a Mochos no Telhado, Companhia de Teatro Erva Daninha, a Narrativa Magnética, a Companhia de Dança Paulo Ribeiro e Cláudia Sousa.
A somar à decisão de aprovação realizada há duas semanas para a linha “Animar” – vocacionada para a projetos de animação de património cultural – o Município de Viseu tem já comprometidos 75 por cento do orçamento global deste programa municipal, isto é, 600 dos 800 mil euros.
A decisão camarária confirma a proposta apresentada pelo júri do programa, presidido pelo vereador da Cultura, Jorge Sobrado, e constituído pelos especialistas independentes Agostinho Ribeiro, Ana Carvalho, Ana Isabel Strindberg e Carlos Pimenta.
A decisão será agora sujeita a audiência prévia dos concorrentes, fase na qual poderá haver lugar a reclamações ou pedidos de esclarecimento.
“A celeridade desta decisão é um fator de confiança, estímulo e estabilidade para o setor cultural e criativo e honra a posição relevante de Viseu alcançada na produção cultural do país”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal, António Almeida Henriques.
Na reunião pública de Câmara, o vereador da Cultura, Jorge Sobrado, deixou também críticas aos atrasos verificados nos resultados dos concursos de financiamento do PORTUGAL 2020 para a “programação cultural em rede”, encerrados a 31 de agosto, e que visavam apoiar, projetos municipais, ainda em 2020, para a retoma do setor cultural e da animação urbana e turística nas cidades.
“Quatro meses depois pouco ou nada se sabe sobre a pontuação e seleção dos projetos”, lamentou. “O discurso do Governo sobre a prioridade e a urgência para a Cultura foi só isso mesmo: um discurso, vão e passageiro. Terminaremos provavelmente o ano assim: no desconhecimento e de mãos abanar”.
Nesta reunião, a Câmara Municipal aprovou ainda um acordo tripartido inédito entre o Município de Viseu, o Conservatório Regional de Música e três bandas filarmónicas do concelho (a Banda Juvenil de Ribafeita, a Banda Filarmónica de Ribafeita e Sociedade Filarmónica Boa União Boaldense) para a formação de jovens instrumentistas, em aulas individuais e em grupo, de instrumento e formação musical.
O acordo é válido por um ano e permite a formação especializada de 9 jovens. O município investirá, neste projeto, anualmente, 13.600 EUR.
“Este investimento ao lado da educação artística dos nossos jovens é, simultaneamente, um estímulo à revitalização das nossas bandas filarmónicas radicadas em freguesias de fundo rural e uma aposta na formação de jovens talentos”, referiu o presidente da Câmara, António Almeida Henriques.