Perfil. Chicão – Um dos “30 jovens mais brilhantes, inovadores e influentes da Europa”

O líder mais jovem do CDS – PP no novo século, que subiu ao poder este ano e que quer fazer levantar “o tal novo partido antigo que represente a direita”. Fique a conhecer Francisco Rodrigues dos Santos.

Por Henrique Almeida

Tem 31 anos, e é o mais jovem líder partidário do CDS do novo século, o segundo da história, logo atrás de Manuel Monteiro que subiu ao poder em 1992, com apenas 29 anos. Esta seria a primeira e mais curta apresentação sobre o atual jovem conservador dos centristas.

Nascido em Coimbra, no ano de 1988, e filho de uma advogada e de um militar, mudou-se ainda muito novo para a vila ribatejana de Nova da Barquinha. Depois de completar o ensino básico e secundário no Colégio Militar, foi na  Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa que prosseguiu os estudos. Presidente da Mesa da Reunião Geral de Alunos (RGA) da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, foi também Senador da instituição, antes de se filiar à Juventude Popular, em 2007, e ao CDS PP, em 2011.

É precisamente nesta fase que começa a ser conhecido no partido, não só pelas suas posições conservadoras (contra a designação “casamento homossexual”, a despenalização do aborto, a eutanásia e a pena de morte), mas também pela alcunha “Chicão”, atribuída por Paulo Portas, líder partidário na altura.

Em 2018, a prestigiada revista americana Forbes, considerou-o um dos “30 jovens mais brilhantes, inovadores e influentes da Europa” na categoria Direito e Política

No mês de dezembro do ano passado, anunciou a sua candidatura à liderança do partido que agora preside, ao mesmo tempo que abandonou, por escolha própria, o cargo de vogal da direção de Frederico Varandas no Sporting, alegando possíveis “conflitos éticos e morais”.

Eleito em janeiro deste ano, com 46,4% dos votos, “Chicão” “vingou” a derrota nas legislativas do ano anterior, no círculo eleitoral do Porto. Na moção de vitória, o novo líder do CDS, tratando os militantes por “tu”, propôs-se a trazer de volta “o tal novo partido antigo que represente a direita”, elevando os valores conservadores que defende, como “a família, a dignidade humana, a segurança, o trabalho e a ética judaico-cristã”.

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