Brasil é o 7º país que mais gasta com servidores públicos, diz CNI

Em um ranking com 70 países, são o governo brasileiro gasta 13,4% de seu PIB com o funcionalismo. Segundo a pesquisa, isso se dá devido a diferença salarial entre os trabalhadores do setor público e da iniciativa privada

Por Júlia Vilaça

Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Indústria (CNI), em uma lista com 70 países, o Brasil ocupa a 7ª posição mundial dentre aqueles que mais gastam com o pagamento de servidores públicos ativos e inativos. O estudo realizou uma comparação entre a parcela do Produto Interno Bruto (PIB) destes países para os quais o Fundo Monetário Internacional (FMI) disponibiliza dados.

Inicialmente, a CNI divulgou que o Brasil ocupava a 6ª colocação no ranking mundial. Entretanto, mais tarde, a confederação fez uma correção informando que o país está, na verdade, em uma posição a mais, uma vez que a primeira versão da lista não trazia a Jordânia. De qualquer forma, o número assusta os brasileiros e deixa-os preocupados frente aos gastos públicos e as possíveis consequências e impactos que isso pode trazer à economia.

De acordo com o levantamento, os gastos com o funcionalismo, dos estados, dos municípios e da união, representaram 13,4% do PIB em 2018, colocando o Brasil à frente de países desenvolvidos como Suécia (12,7%), França (12,1%), Itália (9,5%) e Alemanha (7,5%).

Dentre os países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), gasto com funcionários públicos representou, em média, 9,9% do PIB, ou seja, 3,5 pontos abaixo do número brasileiro. Na América Latina, os percentuais também foram inferiores em países como Colômbia (6,4%), Peru (6,6%) e Chile (6,9%).

Os seis países da pesquisa que têm números maiores que do Brasil são Arábia Saudita (16,5%), Dinamarca (15,3%), Jordânia (15,1%), África do Sul (14,6%), Noruega (14,3%) e Islândia (14,1%).

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