Requalificação “bem encaminhada” da Escola Secundária de Nelas custa 4 milhões
“Uma notícia muito bem-vinda”, afirma Olga Carvalho, diretora do Agrupamento de Escolas de Nelas, acerca da notícia de que a Escola Secundária de Nelas irá ser sujeita a remodelações. Com um investimento a rondar os 4 milhões de euros, o foco vai ser sobretudo na melhoria das condições ambientais.
Texto: Ângela Pais (aluna 1º ano de Comunicação Social) Foto: Redes sociais da autarquia de Nelas
A Escola Secundária de Nelas, construída em 1985 (há quase 40 anos), é apenas um exemplo de entre as várias escolas do país que necessitam de ser remodeladas. No caso concreto desta escola, esta já é a terceira vez que está envolvida num projeto de remodelação, tendo os dois anteriores falhado. “As obras já eram necessárias há 14 anos, as situações eram sempre adiadas, o que acabava por causar alguma frustração”, aponta a diretora Olga Carvalho. Primeiramente, em 2010, houve uma intenção de remodelação da escola, mas a mudança de Governo invalidou o processo e decidiu apenas formar o Agrupamento de Escolas de Nelas, tendo a sua sede na Escola Secundária.
Já a segunda tentativa de requalificação começou a desenvolver-se em 2021, projeto que o anterior executivo promoveu para apresentar à CCDR, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, e a direção da escola até foi “auscultada no sentido de introduzir um conjunto de valências e necessidades” que iam surgindo, nomeadamente a possibilidade de haver gabinetes para os professores poderem trabalhar na escola, a construção de um auditório, os serviços administrativos serem aumentados, o bar dos alunos ser reformulado, haver gabinetes para os diretores de turma receberem os pais dos alunos e o pavilhão gimnodesportivo integrar uma sala de ginástica. Tudo isto não foi possível, uma vez que todas estas alterações iriam encarecer muito o projeto, pois tinham de se fazer muitas alterações em vários edifícios.
Neste momento, a atual candidatura já se encontra aprovada pelo PRR, Plano de Recuperação e Resiliência, havendo já um concurso público a decorrer para que uma empresa se proponha e, assim, se comece a avançar com as obras, o que já é “uma luz ao fundo do túnel, já não são promessas ou intenções, já tudo aponta para que se venha a concretizar”, afirma a diretora.
Este projeto está dividido em duas partes. A primeira delas é ao nível da remodelação dos edifícios, “respondendo às exigências da União Europeia” nomeadamente da eficiência energética e das acessibilidades, em que o grande objetivo é que os alunos tenham mais conforto e que se consiga manter um equilíbrio de temperatura nas salas de aula, não tendo a escola de gastar tanto dinheiro em aquecimento, o que sempre foi um grande problema. A segunda parte do projeto é ao nível dos equipamentos. Assim, “deverá haver equipamentos e mobiliário grande parte dele novo”. Ainda assim, a diretora Olga Carvalho sublinhou que “A requalificação é mais para a parte dos edifícios”, tendo de se articular os equipamentos que o Ministério da Educação já instalou com os novos que irão ser instalados, pois a ideia não é repetir o equipamento que a escola já tem, mas sim integrar material que esteja em falta.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral, o início das obras está previsto para fevereiro ou março do ano de 2025 e a requalificação terá de estar obrigatoriamente concluída em junho de 2026, pois há prazos que são necessários cumprir. Questionada sobre como será a continuidade das aulas durante esse período, a diretora da Escola Secundária de Nelas refere que “a escola vai continuar com as atividades letivas dentro da normalidade, o que vai trazer muitos constrangimentos”. Assim, está já previsto a “instalação de contentores” para assegurar a continuidade das aulas. “As obras são sempre muito bem-vindas pensando no futuro, mas no presente acaba por trazer alguns incómodos, mas estamos cá para os resolver, para o bem de todos”, acrescenta ainda a diretora.
A remodelação da Escola Secundária de Nelas terá um investimento total de 4.017.499,42 euros e de modo a assegurar a manutenção e durabilidade dos espaços e dos equipamentos, Olga Carvalho afirma que a escola fará uma campanha de sensibilização quando esta estiver em funcionamento, mas também acredita que “os alunos têm sido mais sensíveis a preservar os equipamentos”.