“O interior devia ter mais vagas que o litoral” no ensino superior
O Instituto Politécnico de Viseu desempenha um papel fundamental no desenvolvimento educacional e económico da cidade de Viseu e da região centro de Portugal. Anualmente o IPV recebe cerca de 3.000 novos alunos, divididos por duas áreas de estudo, licenciaturas e mestrados. Estes números refletem a crescente procura e a qualidade do ensino oferecido pelo Instituto, que continua a atrair estudantes de diversas partes do país e também do estrangeiro.
Texto: Tomás Baila (aluno do 1º ano de Comunicação Social) / Foto: Redes Sociais do IPV
De acordo com o vice-presidente da Câmara Municipal de Viseu, “o IPV desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do território e na formação”. João Paulo Gouveia também garante que o IPV tem um “um contributo decisivo para o desenvolvimento regional”.
A nível demográfico, o vice-presidente destaca que a vinda de centenas de jovens estudantes, anualmente, tem um impacto positivo no rejuvenescimento da população da cidade.
Quanto às questões económicas, João Paulo Gouveia revela que “o comércio local gravita em torno da atividade universitária.” O aumento da população estudantil gera uma procura considerável por serviços essenciais, como alojamento, alimentação, transportes e lazer. Muitos estudantes alugam apartamentos ou quartos, o que ajuda ao crescimento do setor imobiliário, para além disso, os estudantes também consomem regularmente em restaurantes, cafés, supermercados e lojas, dinamizando assim o comércio local.
Para dar continuidade a este crescimento do IPV, a câmara tem de continuar a trabalhar na atractividade da cidade, “no ponto de vista da qualidade de vida e na pujança económica, visto que Viseu continua a ser o motor do desenvolvimento regional”. João Paulo Gouveia também revela que o politécnico, estando localizado na cidade portuguesa “com melhor qualidade de vida”, ajuda, e muito, a impulsionar o seu desenvolvimento e crescimento.
João Paulo Gouveia foi ainda questionado, se era defensor do aumento do ensino superior no interior do país. O vice-presidente garante que é “a favor da passagem dos institutos politécnicos a universidades politécnicas”, e também revela que “o interior devia de ser privilegiado com maior número de vagas em detrimento do litoral”, porque esta seria uma forma de fazer coesão territorial e coesão social.